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Emprego é a causa das causas

Emprego é a causa das causas

Sem uma aposta forte no emprego não haverá crescimento económico, sustentabilidade das finanças públicas ou coesão social, defendeu o Secretário-geral socialista António Costa, em entrevista dada ontem à SIC.

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O Governo do Facto Consumado

O emprego é a prioridade das prioridades do PS para o próximo ciclo legislativo, garantiu ontem António Costa em entrevista ao jornal da noite da SIC.

Sem a criação de emprego, salientou o líder socialista, Portugal não será capaz de ultrapassar o “bloqueio ao investimento empresarial que hoje existe”, voltando a defender que o país precisa que o PS vença as eleições e que as vença com “maioria absoluta” que é a condição de “estabilidade e de governabilidade”.

Quanto à redução da taxa social única (TSU), quer para empresas, quer para trabalhadores, o Secretário-geral do PS voltou a recordar as medidas que constam no cenário macroeconómico, sustentando que será compensada por um “aumento da diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social e por um acréscimo do rendimento disponível das famílias”.

Sobre a dúvida se os trabalhadores poderão sofrer perdas futuras nas suas reformas, António Costa assegurou que os trabalhadores “não terão qualquer penalização significativa na formação da sua pensão futura” em resultado do desagravamento temporário das suas contribuições no período entre 2016 e 2019.

A classe média foi devastada

Mostrando-se preocupado com o enorme aumento dos impostos estimulado por este Governo, o líder socialista comprometeu-se a acabar com as desigualdades contributivas criadas nestes quatro anos pelos partidos da direita, acusando o PSD e o CDS de terem devastado a classe média, que “paga tudo com os seus impostos”.

Inverter este canário, como defendeu o líder socialista, passa pelo aumento do número de escalões e a progressividade do IRS, medida que vai ajudar a “desagravar” o peso dos impostos sobre a classe média, permitindo-lhe que “volte de novo a respirar”.

Sobre o processo de privatização da TAP, António Costa acusou o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas de ter adotado um comportamento “imprudente e inqualificável” do ponto de vista institucional, por não ter dialogado com o PS, garantindo que, dentro daquilo que a lei permite, o Governo socialista tudo fará para que o Estado mantenha, no mínimo, 51% do capital da transportadora aérea, lembrando que o contrato recentemente assinado não é definitivo e que apenas representa “ uma espécie de contrato promessa”.

Quanto aos partidos à esquerda do Partido Socialista, António Costa lamentou que andem numa roda viva nas críticas ao PS, salientando que “à exceção do LIVRE”, que se formou como partido político recentemente, todos os outros andem a competir para ver quem critica mais o PS.