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Em defesa do emprego de qualidade

Em defesa do emprego de qualidade

“A austeridade escolheu a precariedade laboral como opção ideológica”, afirmou ontem a Secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, no final da segunda conferência de preparação do Congresso Nacional, que decorreu na sede nacional do partido.

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Em defesa do emprego de qualidade

Acusando o anterior Executivo de direita do PSD/CDS de ter apostado em políticas que empurraram para a precariedade milhares de portugueses, fenómeno que, como garantiu, atingiu “várias faixas etárias”, chegando mesmo a abranger 50% da população ativa, Ana Catarina Mendes foi perentória ao afirmar que este facto se deveu exclusivamente a uma “opção ideológica” da direita.

Sob o lema “Precaridade, vidas de segunda”, esta conferência que o PS organizou com a sociedade civil, e na qual participaram independentes em representação de movimentos sociais, como os Precários Inflexíveis, Academia Cidadã e Geração à Rasca, ouviu a dirigente socialista a aconselhar que ninguém se engane que a precariedade se esgota nos jovens desempregados, sustentando que o fenómeno é “extensível igualmente a mais de 50% da população ativa”.

Na sua intervenção, a também primeira vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS acusou o Governo anterior de ter “empurrado” trabalhadores para situações de “exclusão social, desigualdade e de injustiças”, reafirmando que o Executivo socialista liderado por António Costa tudo está a fazer para inverter este cenário, combatendo, desde logo, como realçou, a “alienação política”, de modo a encurtar a distância e a “descrença da sociedade perante o poder político”.

A este propósito, Ana Catarina Mendes enalteceu o trabalho que o Governo socialista tem vindo a desenvolver junto dos vários movimentos sociais de participação cívica, facto que, como sublinhou, tem permitido, ao contrário do que sucedia anteriormente com a direita, “abrir a porta” ao diálogo para “encontrar as melhores soluções”.

A dirigente socialista teve ainda ocasião de reafirmar que o emprego de má qualidade, precário e inseguro, “empurra”, inevitavelmente, os trabalhadores para situações de exclusão social, de desigualdade e de injustiça, e que, inversamente, o emprego de qualidade “ajuda a criar riqueza”, sendo este o “desígnio que o PS prossegue”.