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Edite Estrela denuncia falta de transparência nas eleições na Bielorrússia

Edite Estrela denuncia falta de transparência nas eleições na Bielorrússia

A deputada do Partido Socialista Edite Estrela alertou ontem, em Estrasburgo, que as eleições na Bielorrússia do passado dia 17 de novembro não foram transparentes, tendo sido “sonegada informação em algumas mesas de voto” aos observadores internacionais, “sobretudo em relação à contagem dos votos”

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Edite Estrela denuncia falta de transparência nas eleições na Bielorrússia

A socialista, que intervinha na sessão plenária da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), em que se debatia a observação das eleições na Bielorrússia, frisou que estas “demonstraram total falta de transparência e respeito pelos compromissos democráticos”. “Os resultados mostram que os 110 lugares do Parlamento foram ocupados por antigos funcionários do Governo, diplomatas e membros do partido que apoiam o presidente Lukashenko, e nenhum parlamentar da oposição foi eleito”, sublinhou.

Edite Estrela, que fez parte da delegação da APCE, da qual é membro efetivo, acompanhou o processo eleitoral na cidade de Krupki, em Minsk e em zonas rurais próximas da capital. “Observámos que as autoridades locais e os membros das assembleias de voto criaram uma atmosfera de festa, com música, dança, exposições de artesanato, trajes e produtos regionais”, disse.

A parlamentar portuguesa mostrou-se depois convicta de que a participação foi “muito menor do que os números oficiais mostram”. No fecho das urnas, a comitiva da APCE não teve “acesso à maioria das informações solicitadas, como os cadernos eleitorais e os resultados de cada candidato”. Edite Estrela revelou mesmo que “a reação foi bastante agressiva” às suas constantes perguntas sobre a contagem dos votos separadamente.

“Nem sequer foi possível ter acesso à lista eleitoral, nem aos resultados da votação antecipada e do voto em casa”, solicitado no próprio dia e recolhido por um elemento da mesa de voto, sem qualquer controlo nem acompanhamento dos observadores internacionais, o que “permite apresentar resultados previamente definidos”, apontou. A delegação concluiu, assim, que estas práticas contribuem “para aumentar a opacidade do processo”.

“Ficou claro que os resultados publicados foram definidos anteriormente, independentemente do que aconteceu na realidade”, denunciou a deputada socialista.

Edite Estrela eleita vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais, Saúde e Desenvolvimento Sustentável

Edite Estrela foi ontem eleita vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais, Saúde e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE). Já no passado dia 3 de dezembro a socialista tinha sido eleita, por unanimidade, relatora para as alterações climáticas e Estado de direito nesta comissão.

Na sua qualidade de relatora deste importante relatório, a deputada foi escolhida para representar a Comissão no Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, que se vai realizar em Estrasburgo, entre 17 e 19 do próximo mês de março. Neste Congresso, participará também o deputado e membro suplente da APCE, Pedro Cegonho, na sua qualidade de Presidente da Delegação portuguesa ao Congresso.

A Comissão de Assuntos Sociais, Saúde e Desenvolvimento Sustentável trata das questões relacionadas com as políticas e direitos sociais, a saúde pública, o desenvolvimento sustentável, a cooperação e o desenvolvimento económico, a democracia local e regional e a boa governança nessas áreas, concedendo atenção especial aos grupos mais vulneráveis da sociedade.