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É urgente um acordo da União Europeia sobre o próximo quadro financeiro plurianual

É urgente um acordo da União Europeia sobre o próximo quadro financeiro plurianual

Os países da União Europeia têm de chegar a um acordo rápido em relação ao próximo quadro financeiros 2021-2027, defendeu António Costa em Estrasburgo, considerando que “seria absolutamente inaceitável” que este fosse mais um problema a acrescentar, numa altura em que a Europa se “confronta com vários sinais que não são propriamente animadores”.

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É urgente um acordo da União Europeia sobre o próximo quadro financeiro plurianual

Falando aos jornalistas à saída de uma reunião com o presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, o primeiro-ministro identificou os encontros, que tem mantido nestes dois dias em Estrasburgo com diversas personalidades de diferentes áreas políticas, como encontros de uma grande importância, cujo objetivo prioritário foi discutir as questões que envolvem a “aprovação do novo quadro financeiro plurianual 2021-2027”.

O chefe do Governo português voltou a sublinhar, a este propósito, que seria “absolutamente incompreensível” que, por incapacidade coletiva, “acrescentássemos mais um problema àqueles que já devemos ter de enfrentar e que não dependem de nós”, mostrando-se, contudo, persuadido de que na presidência croata, no primeiro semestre de 2021, “se conclua a primeira fase do quadro financeiro plurianual”.

Contudo, o primeiro-ministro não descura a hipótese de não se conseguir chegar a um consenso no próximo Conselho Europeu de dezembro sobre esta matéria, defendendo que “seria muito mau” para o futuro da Europa deixar-se passar a presidência croata sem se chegar a um acordo final que “nos permitisse começar a trabalhar desde já nos regulamentos para a transição entre os dois quadros” financeiros.

Na perspetiva do líder do Executivo, seria “péssimo para a economia europeia” que nada se fizesse para evitar “a descontinuidade entre os dois quadros”, o de 2014-2020 e o de 2021-2027, “como aconteceu nas negociações do anterior quadro financeiro”, com resultados bastante “comprometedores para a recuperação da economia portuguesa”, sobretudo numa altura, como acrescentou, em que a Europa se “confronta com vários sinais que não são propriamente animadores”. O primeiro-ministro reiterou ainda que o próximo orçamento plurianual da União Europeia não pode “sacrificar políticas identitárias”, como são os casos da política de coesão ou da política agrícola, mesmo não deixando de atender às preocupações dos Estados-membros que se opõem a um aumento das contribuições nacionais para o orçamento comunitário.

Para além das questões ligadas ao próximo quadro plurianual da União Europeia, o primeiro-ministro abordou ainda com David Sassoli e com os líderes parlamentares dos Socialistas e Democratas, do Partido Popular Europeu, do Renovar a Europa e dos Verdes, questões relacionadas com os preparativos da presidência portuguesa da União Europeia, que acontecerá no primeiro semestre de 2021.