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Duplicar a execução de fundos para o investimento das empresas

Duplicar a execução de fundos para o investimento das empresas

Para 2018 a meta será executar dois mil milhões de euros de fundos destinados a apoiar o investimento empresarial, anunciou o primeiro-ministro, no Porto.

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Falando na cerimónia de apresentação de novas medidas do Programa Interface, cujo objetivo é “a valorização dos produtos portugueses através da inovação, do aumento da produtividade, da criação de valor e da incorporação de tecnologia nos processos produtivos das empresas nacionais”, António Costa lembrou que a meta que o Governo colocou para 2017 era ir aos mil milhões de euros de fundos comunitários destinados a apoiar a inovação e o investimento empresarial.

“Esta meta, felizmente, foi já alcançada em setembro e temos previsto que até ao final do ano as empresas portuguesas conseguirão absorver um total de 1.250 milhões de euros de investimento na sua modernização e na sua inovação”, afirmou governante, acrescentando que, “perante a falta de recursos que o país dispõe, os fundos comunitários são absolutamente chave para a capacitação de investimento”.

É por isso, continuou, que para 2018 “temos uma meta ainda mais ambiciosa”.

“Agora já não nos mil milhões, mas duplicarmos e termos no próximo ano a capacidade de executar dois mil milhões de fundos destinados a apoiar o investimento empresarial”, enfatizou, para de seguida defender a necessidade imperativa de reforçar a capacidade de produção de conhecimento no sistema universitário, de continuar a investir na valorização das instituições científicas e, simultaneamente, de criar, também do outro lado, a capacidade para as empresas poderem investir “mais e melhor”.

E é neste contexto, precisou António Costa, que o Programa Interface “encontra bases sólidas para poder ter sucesso”.

Até porque, “sem produção de conhecimento, o Interface não era possível, e sem haver empresas com capacidade de investir o Interface não faria sentido”, explicou.

Depois, o líder do Executivo centrou o seu discurso na “necessidade de termos uma política integrada que junte o investimento na produção do conhecimento – na sua transferência para o tecido económico e capacidade de valorização desse conhecimento –, com novos produtos e novos serviços.

Isto, adiantou, “contribuirá para podermos continuar a ganhar competitividade, a poder crescer e termos novos serviços e produtos que são competitivos no mercado global”.

Modernizar para assegurar sucesso do país

De seguida, António Costa insistiu na necessidade de continuar a modernizar o tecido empresarial para “assegurar” o sucesso do país.

Mas este sucesso, clarificou, “é da soma dos sucessos que resulta no sucesso coletivo do nosso país e da nossa economia”.

O primeiro-ministro disse ainda que aquilo que permite a Portugal “ganhar competitividade não é a precariedade, mas a sustentabilidade”, isto é, “a capacidade de incorporar dentro da própria empresa o conhecimento e a capacidade de valorizar esse conhecimento”.

Neste sentido, o ministro da Economia anunciou, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, as novas medidas do Programa Interface, designadamente 180 milhões de euros para as empresas, através dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, cuja linha será lançada até ao final do ano.

Prevista está também a criação de uma linha que disponibilizará mais 50 milhões de euros, através do Fundo de Inovação, Tecnologia e Economia Circular, a lançar igualmente até ao fim de 2017.

As medidas anunciadas por Manuel Caldeira Cabral passam também pela criação de melhores condições para investir, melhores condições para inovar e para contratar quadros técnicos mais qualificados.

O ministro precisou que, fazendo um primeiro balanço do Programa Interface, lançado em março, é possível afirmar que, “no caso dos fundos estruturais, há um aumento de mais de 70% se comparado com o QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] nos apoios à inovação”.

As novas medidas de apoio destinam-se agora aos centros do Interface, “centros que fazem a transferência tecnológica diretamente das universidades para as empresas”, referiu, acrescentando que o objetivo destas novas medidas de apoio é “dar força a estes centros”, que “tiveram durante o período de ajustamento um enfraquecimento”.