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Desempregados inscritos diminuem 16% em setembro

Desempregados inscritos diminuem 16% em setembro

É preciso recuar até novembro de 2008 para se encontrar em Portugal um número tão baixo de pessoas à procura de trabalho, segundo dados agora divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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Desempregados inscritos diminuem 16% em setembro

Uma realidade que, na opinião do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, vem confirmar o que o primeiro-ministro tem vindo a anunciar desde há alguns meses, que há uma “efetiva descida do desemprego” no país, o que na opinião do secretário de Estado está a contribuir para aumentar a confiança do Governo quanto “às metas traçadas no Orçamento do Estado para 2018”.

Para o secretário de Estado, a primeira e decisiva conclusão que se pode retirar desde logo destes dados, divulgados pelo IEFP, é que Portugal está a “solidificar uma tendência” que se tem vindo a desenhar desde que o Governo tomou posse, onde se verifica uma efetiva descida do desemprego, “também entre os mais jovens”, e a melhoria dos dados em “todas as regiões e níveis de qualificação”.

Segundo os dados agora tornados públicos pelo IEFP, o número de desempregados inscritos no passado mês de setembro nos centros de emprego baixou 16,3% face a igual mês de 2016, ou seja, como sublinha Miguel Cabrita, “menos 80 mil pessoas” à procura de trabalho, números que são particularmente “expressivos entre os jovens”, tendo havido uma diminuição de 1,8% de desempregados face ao mês anterior.

Precariedade vai descer

Reconhecendo que Portugal ainda está no pelotão da frente dos países europeus onde os contratos de trabalho não permanentes são dos mais elevados, realidade que “não pode deixar de preocupar o Governo”, como realça o secretário de Estado, lembrando ser este um dos temas que constitui uma das “prioridades do Executivo”, que a propósito tem vindo a “reorientar as políticas” com o objetivo, como salienta, de apoiar os contratos permanentes, não só em relação aos contratos dos jovens, mas também no que respeita aos desempregados de longa duração.

A este propósito, Miguel Cabrita salienta que também os dados do INE vêm igualmente confirmar e demonstrar que, ao longo do último ano, o “ritmo de crescimento dos contratos permanentes cresceu mais do que os não permanentes”, provando que, “apesar de tudo”, há alguma “recuperação também no que diz respeito à incidência da chamada precariedade”.

Trata-se, como acentua o secretário de Estado do Emprego, de um dos temas que o Governo quer ver discutidos no âmbito da concertação social, no “quadro das questões laborais”, discussões que se vão iniciar agora neste último trimestre de 2017, realçando Miguel Cabrita que a questão da “segmentação é precisamente um dos primeiros requisitos que o Governo e os parceiros sociais vão ter que trabalhar” de modo a que se “encontrem as soluções mais adequadas para esta questão”.