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Défice agrava-se em 400 milhões

Défice agrava-se em 400 milhões

O défice da balança comercial portuguesa agravou-se em 400 milhões de euros no 2º trimestre deste ano, situando-se em 2794 milhões, tendo a taxa de cobertura baixado para 82,4%, refere o relatório do INE. Se as exportações aumentaram 7%, as importações subiram para os 9%.

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Défice agrava-se em 400 milhões

Dados que exprimem, ao contrário do regozijo manifestado pelos partidos da coligação com a pequena subida registada com as exportações, que o país continua a enfrentar um alarmante desequilíbrio na sua balança comercial. Portugal devia estar a produzir mais para importar menos.

No primeiro trimestre de 2015, a balança comercial levou um abanão e ficou um pouco mais desequilibrada. O défice comercial aumentou mais de 400 milhões e ficou acima dos 2700 milhões de euros.

O dirigente socialista João Galamba disse à TSF que a maioria está a fazer uma leitura “enviesada” dos dados do INE sobre as exportações, afirmando que este relatório o que vem provar é que o país está a viver acima das suas possibilidades.

Para João Galamba, a coligação está a “tresler” os dados do INE, defendendo que da leitura deste relatório o que é salientado “é que o défice da balança comercial se degradou em 400 milhões subindo a um valor superior a 2700 milhões de euros”.

É por isso que “não se percebe em que medida é que há aqui alguma coisa para celebrar”, argumenta João Galamba, porque se as exportações cresceram, “as importações aumentaram muito mais”, repetindo aliás um padrão “que se verificou ao longo de todos os meses de 2014”, em que as importações cresceram acima das exportações, “degradando a balança externa”.

Uma realidade que vem aliás ao encontro do que o PS há muito vem denunciando: que a escassez de investimento público e privado na economia teria como consequência inevitável um agravamento do défice da balança corrente e de capital, “a que se junta agora também um défice da balança comercial”.

Ao contrário da forma limitada e enviesada como a coligação de direita está a analisar a questão dos dados do INE sobre as exportações, diz João Galamba, o PS defende que “não é possível observar a evolução das exportações sem olhar também para a sua relação com as importações”.

Prioridade à inovação e internacionalização das empresas

Para que a economia portuguesa possa sair do marasmo e do atraso em que a coligação de direita PSD/CDS mergulhou o país nestes quatro anos, e se prepare para aumentar de forma sustentada as suas exportações, o PS propõe um conjunto de medidas, plasmadas no seu programa eleitoral. Que passam, entre outras, pelo apoio à criação de empresas inovadoras de base tecnológica, estimulando o empreendedorismo e a criação de emprego, por encarar a energia renovável numa lógica de exportação, por uma majoração dos apoios ao investimento e por assegurar os apoios comunitários às PME no âmbito da internacionalização e exportação.