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Dar mais força ao PS para prosseguir a boa governação e vencer os desafios do país

Dar mais força ao PS para prosseguir a boa governação e vencer os desafios do país

O líder socialista foi à Madeira garantir no comício de rentrée política, em Machico, que o PS não pede “um cheque em branco” aos eleitores para os dois próximos combates eleitorais, recordando que o partido tem um programa forte e bem estruturado, quer para prosseguir a boa governação do país, quer para a mudança política que se deseja na região autónoma da Madeira.

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Dar mais força ao PS para prosseguir a boa governação e vencer os desafios do país

O secretário-geral do PS relembrou no comício da rentrée socialista no Machico, no passado dia 31 de agosto, que o país vai muito em breve “enfrentar dois desafios” de extrema importância, um já a 22 deste mês de setembro, com as eleições regionais na Madeira, e a 6 de outubro, com as eleições legislativas a nível nacional. Dois atos eleitorais que, na opinião de António Costa, vão ser decisivos para definir o futuro imediato de Portugal e da vida dos portugueses e para os quais o líder socialista apela ao total empenhamento da parte dos militantes e dos simpatizantes socialistas, permitindo que o PS, como salientou, possa “encetar o seu programa de Governo na República e na Região”.

Para o líder socialista e primeiro-ministro, este compromisso que é pedido aos eleitores, não só aos militantes e simpatizantes do partido, mas igualmente a todos os portugueses, para que deem “mais força ao PS”, redobra de importância porque é essencial assegurar e dar continuidade à atual “boa governação socialista” que “tão bom resultado tem apresentado”, estendendo a partir de 22 de setembro esta qualidade governativa também à Região Autónoma da Madeira.

Sem um apoio cada vez mais alargado dos portugueses, ainda segundo o líder socialista, será “muito difícil” enfrentar o que António Costa classifica como os “grandes desafios” para o futuro do país, referindo não só as alterações climáticas, mas também a necessidade de “contrariar a tendência do decréscimo da demografia” ou ainda, como acrescentou, de assegurar a “modernização da economia, da administração pública” e da própria sociedade.

António Costa deixou ainda a garantia de que o PS vai continuar a bater-se pela “erradicação da pobreza” e pela “redução das desigualdades”, medidas só possíveis de continuar a implementar e de aprofundar, como salientou, caso seja possível prosseguir com a atual “boa governação”, mantendo o registo de “contas certas”, que foi aliás definido, como lembrou, “com grande ambição” logo no início da atual legislatura.

Por uma década de convergência com a Europa

Outro dos temas que mereceram especial destaque a António Costa tem a ver com a convergência da economia portuguesa com a União Europeia, algo que já não acontecia, como lembrou, desde o ano 2000, e que voltou a suceder em 2017, 2018 e 2019, garantindo que este é um cenário que “vai continuar a prosseguir”, sendo para isso imprescindível, como também referiu, que haja “um orçamento equilibrado e a redução sustentada da dívida pública”.

O líder socialista referiu-se ainda quer ao apoio que o PS vai continuar a dar à diáspora espalhada pelo mundo, referindo, a propósito, a escolha do atual número dois do Governo, Augusto Santos Silva, como cabeça de lista pelo circulo fora da Europa, quer à questão demográfica, problemática que para António Costa não se resolve “apenas e só com medidas de apoio à natalidade”, sendo igualmente necessário “criar condições para que as novas gerações tenham confiança e liberdade de construir a família que desejarem”.

A este propósito, o líder do PS lembrou que sem estabilidade, quer no emprego, quer na habitação, será muito difícil que os jovens, sobretudo os mais qualificados, possam criar os necessários laços com o país, recordando, neste capítulo, as medidas recentemente aprovadas pelo Governo na área da habitação e na área laboral, iniciativas que vão ajudar e muito, como garantiu, a “acabar com o fator de precariedade laboral na juventude”.

Reforçar a autonomia em defesa da Madeira

Perante os muitos militantes e simpatizantes socialistas madeirenses presentes em Machico, António Costa fez questão de deixar a promessa de que um futuro Governo do PS vai continuar a ser um “amigo da Madeira”, a exemplo das boas relações que tem igualmente mantido com todas as outras regiões do país, prometendo que serão resolvidos “todos os dossiês pendentes entre a região e a República” e reafirmando que “não há boa governação sem reforço da democracia e da autonomia das regiões autónomas”.

Neste sentido o líder do PS defendeu que é necessário dar “continuidade à boa governação” que os socialistas têm desenvolvido no Governo da República, que tem permitido, nomeadamente, “baixar os juros da dívida da Madeira” e ajudado a “financiar a qualidade dos serviços da região”, lembrando como exemplo o novo hospital e as cada vez melhores ligações entre o continente e a região.

António Costa lembrou, a propósito, que é graças às políticas do Governo que lidera que a região “paga hoje menos juros” pelo empréstimo que contraiu em 2012, no âmbito do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, o que se traduz numa poupança, este ano, de cerca de sete milhões de euros e que, até ao final do empréstimo, representará uma “poupança global de 100 milhões de euros”.

Já na parte final da sua intervenção, acompanhado no palco pela Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, pelos candidatos do PS às eleições nacionais e regionais, pelos eurodeputados Pedro Marques e a madeirense Sara Cerdas e por Emanuel Câmara, líder do PS insular, António Costa dirigiu-se a Paulo Cafôfo, o candidato socialista à presidência do Governo Regional, dizendo-lhe que ele não será “o amigo do Governo da República”, mas o “representante dos madeirenses e porto-santenses perante o país e perante a República”.