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Dar força ao futuro do país começa agora dando força ao PS nas europeias

Dar força ao futuro do país começa agora dando força ao PS nas europeias

É preciso dar força ao PS “já e agora” porque a vitória nas eleições legislativas começa a 26 de maio com as eleições europeias, defendeu ontem António Costa, durante o jantar/comício que assinalou o 46º aniversário do PS.

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Dar força ao futuro do país começa agora dando força ao PS nas europeias

As eleições europeias “são tão decisivas como foram as autárquicas de há dois anos, são tão decisivas como as legislativas de outubro”, disse ontem à noite o Secretário-geral do PS, António Costa.

No discurso proferido durante o jantar comemorativo do 46º aniversário do Partido Socialista, António Costa referiu que alguns setores da oposição ao PS tentam passar a ideia de que as eleições a 26 de maio “são só europeias”.

“Convém que ninguém seja ingénuo. Eu sei bem, todos nós sabemos bem, o que é que eles desejam destas eleições europeias”, alertou o líder socialista.

Perante os socialistas que encheram o Centro de Congressos de Lisboa, António Costa avançou que o objetivo desses opositores “é enfraquecer o Governo do PS, impedir que se prossiga o cumprimento do programa (de governação do país)”. 

“Eles sabem bem que uma grande vitória em outubro começa agora com uma grande vitória já no próximo dia 26 de maio”, afirmou o chefe do Executivo.

António Costa salientou a importância das eleições europeias e apelou à mobilização dos militantes e simpatizantes socialistas.

“Peço a todos e a todas que nos mobilizemos mesmo a sério, porque estas eleições europeias são tão decisivas como foram as autárquicas de há dois anos, são tão decisivas como as legislativas de outubro”, sublinhou. 

Neste quadro, “precisamos de dar força ao PS já e agora nas europeias e não apenas quando chegarmos a setembro e formos à Madeira ganhar pela primeira vez essas eleições regionais. Dar força ao PS não é só em outubro quando ganharmos as eleições legislativas”, afirmou António Costa.

A vitória do PS nas eleições europeias é “essencial, porque é preciso dar força” à família socialista europeia de modo a implementar um novo contrato social na Europa e concluir a reforma da zona euro e negociar as perspetivas financeiras da União Europeia.

“Temos de garantir uma capacidade orçamental efetiva na zona euro, que financie os investimentos necessários para melhorar a produtividade, o nosso potencial de crescimento e a competitividade da economia portuguesa. Para ganharmos essa negociação, temos de ter um PS forte”, afirmou António Costa.

“Se queremos defender o segundo pilar da política agrícola, se queremos evitar cortes na política de coesão, temos de ter um Governo forte e um PS forte. Para isso, é preciso o vosso voto nas eleições europeias”, referiu o Secretário-geral socialista.

Homenagem a Alberto Martins

O jantar/comício serviu, também, para homenagear Alberto Martins, pelo papel desempenhado no curso da história, quando se assinalam os 50 anos da Crise Académica de 1969.

A antigo ministro e ex-líder parlamentar socialista começou a sua intervenção por agradecer a homenagem ao Secretário-geral, António Costa, e ao Presidente PS, Carlos César, tendo ainda enviado um “cumprimento muito especial aos fundadores do nosso partido e um cumprimento também particular aos jovens socialistas, que são o futuro do nosso partido”.

Alberto Martins considerou que este gesto da direção do PS é “uma homenagem à minha geração, à geração que em 1969 se levantou contra a ditadura”, acrescentando que “é também uma homenagem às sucessivas gerações de estudantes universitários que ao longo dos tempos lutaram contra a ditadura”, disse.

No final da década de 60, “Portugal era um país pobre, subdesenvolvido e analfabeto, com muitos portugueses em fuga, saindo da miséria e da fome, com uma ditadura e uma policia torcionária, com uma guerra colonial em três frentes. Portugal era um país isolado do mundo”, lembrou Alberto Martins.

O antigo líder dos estudantes de Coimbra recordou que “os jovens de então deram a volta ao destino. E, por isso, a luta de 1969, em Coimbra, foi um afluente do grande rio da história que passou pelo 25 de Abril. Tal como o Partido Socialista foi um grande afluente do rio da história que passou pelo 25 de Abril.”, salientou antigo dirigente socialista.

“E nós, socialistas, orgulhamo-nos de sermos o partido fundador da democracia”, declarou.