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Construir alianças para uma mudança de políticas

Construir alianças para uma mudança de políticas

O Secretário-geral do PS, António Costa, reuniu-se ontem na capital alemã com o líder do SPD e vice-chanceler do Governo com a pasta da Economia, Sigmar Gabriel.

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Construir alianças para uma mudança de políticas

À saída do encontro com o social-democrata alemão, António Costa realçou que os contactos que tem vindo a realizar com líderes europeus, em Bruxelas, Roma, Paris, e Lisboa com o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, visam construir uma aliança sustentável e “necessária”, tendo em vista a construção de um programa de Governo que seja “exequível”.

O objetivo destes encontros no seio da família socialista, adiantou António Costa, é criar também as condições para a formação de uma rede alargada capaz de suportar uma efetiva mudança de políticas alternativas a este caminho da austeridade que tem “paralisado o crescimento e feito crescer o desemprego”.

O Secretário-geral do PS referiu que os socialistas portugueses partilham um conjunto vasto de pontos de vista defendidos pelo SPD e que o objetivo destes encontros é criar as parcerias e as alianças necessárias para que “possamos ter um programa credível e exequível” que crie convergências, para que Portugal retome o caminho do “crescimento sólido” e sustentado, aproximando-se dos níveis de desenvolvimento da Europa.

António Costa mostrou-se animado com as conversações que tem mantido com os vários líderes europeus, enaltecendo os contributos recebidos, garantindo que o PS apresentará um programa de Governo que terá “todas as condições” de execução e que será suportado ao nível da Comissão Europeia e do Conselho Europeu. Um programa que, garante, será realista permitindo assim responder às necessidades dos portuguesas e da economia do país.

O vice-chanceler alemão e presidente do SPD, Sigmar Gabriel reconheceu o caminho difícil que Portugal tem vindo a percorrer desde o início da crise, e lamentou que os problemas do desemprego e da dívida pública “ainda não tenham sido resolvidos”.

Defendeu que a solução para estes e outros problemas, que ainda afligem Portugal, terá de passar por mais investimento, aconselhando o país a aproveitar da melhor forma o chamado ‘plano Juncker’ de investimento, através do qual Bruxelas espera impulsionar o crescimento económico na Europa.

O responsável alemão considerou ainda “dramático” que o desemprego assuma proporções tão elevadas em Portugal, levando a que jovens altamente qualificados tenham de emigrar, com o país a perder o investimento que fez na sua formação.

Salientou ainda que, se para a Alemanha “é muito bom obter mão-de obra qualificada”, não deve, todavia, “ser esse o sentido de um verdadeiro europeísmo e solidariedade mútua”.