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Consolidação do crescimento assenta na inovação e qualificação

Consolidação do crescimento assenta na inovação e qualificação

Apostar na inovação, na qualificação dos recursos humanos e no aumento das transferências do conhecimento das universidades para as empresas, são os fatores “essenciais” para que o crescimento da economia continue a consolidar-se de forma sustentável, defendeu Pedro Siza Vieira, num encontro em Aveiro.

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Consolidação do crescimento assenta na inovação e qualificação

Para o ministro Adjunto, que falava em Aveiro nas comemorações do segundo aniversário da Altice Labs, continuar a apostar na consolidação e no crescimento da economia portuguesa, obriga, entre outras iniciativas, a aumentar os apoios ao investimento empresarial na área da inovação e na qualificação dos recursos humanos, reconhecendo, contudo, o governante que em caso algum o país poderá baixar os níveis de exigência em relação ao crescimento sustentado da sua economia.

Para isso, segundo Pedro Siza Vieira, é preciso que o país aposte cada vez mais, como tem vindo a fazer nos dois últimos anos no Governo do PS, não só na qualificação dos recursos humanos como num sistema de inovação “mais espalhado nas empresas”, desígnios que em sua opinião serão determinantes para “acelerar a transferência de conhecimento e de tecnologia das universidades para o mundo empresarial”.

Depois de referir que Altice Labs é a “herdeira” do primeiro centro de estudos e telecomunicações criado há décadas em Aveiro, uma relação, como acentuou, que tem “fornecido lições importantes para o percurso a fazer”, o ministro lembrou que a qualidade dos técnicos que ali prestam serviço, “maioritariamente portugueses”, resulta, sobretudo, como garantiu, do facto de a grande maioria serem profissionais “formados no nosso sistema de ensino”, que competem numa indústria de “altíssima exigência tecnológica”, trabalhando numa empresa que é a “líder mundial nesse setor”.

Roteiro para a inovação

O ministro Adjunto referiu-se ainda ao roteiro para a inovação que o primeiro-ministro, António Costa, lançou na semana passada no distrito de Setúbal, salientando a este propósito que esta iniciativa representa também um “esforço para acelerar esse movimento de transferência de conhecimento das universidades para as empresas”, considerando que as metas ali estabelecidas são “ambiciosas, mas realistas”, designadamente quando apontam para que haja até 2030 um aumento da despesa nacional em investigação e desenvolvimento em cerca de 3% do produto, sendo que “um terço desse investimento será público, enquanto os restantes dois terços terão origem no investimento privado”.

Quando à criação de emprego qualificado, na área da investigação e desenvolvimento, Pedro Siza Vieira reafirmou que o objetivo do Governo do PS, “tal como o primeiro-ministro, António Costa, já manifestou publicamente”, é conseguir que, até 2030, possa existir em Portugal, no sector privado, “mais de 25 mil postos de trabalho com grau académico de terceiro nível”, o que permitirá ao país, como aludiu, “estar mais preparado para competir internacionalmente”.

Outra das iniciativas que Pedro Siza Vieira abordou relaciona-se com o objetivo do Governo de um aumento assinalável de jovens no ensino superior, tendo sido estabelecida a meta, como recordou, de que em 2030 haja uma “taxa de participação de 60% da população com cerca de 20 anos de idade, no ensino superior”.