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Comportamento exemplar dos portugueses é fundamental para combater expansão da pandemia

Comportamento exemplar dos portugueses é fundamental para combater expansão da pandemia

O primeiro-ministro destacou ontem em Berlim, onde se deslocou para um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, o “comportamento exemplar” dos portugueses e do sistema político nacional, que muito tem ajudado a retardar a “expansão da epidemia” do Covid-19.

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Comportamento exemplar dos portugueses é fundamental para combater expansão da pandemia

O problema que está a ser criado em todo o mundo pelo novo coronavírus foi um tema que mereceu a maior atenção aos dois líderes europeus, lembrando a este propósito António Costa que se trata de uma ameaça que atingiu já uma dimensão global, facto que obriga a que todos os cidadãos e governos encarem o problema com a gravidade que ele já alcançou, sustentando que para o travar “todos temos de dar o nosso melhor”.

António Costa sustentou a tese de que um dos fatores que poderá estar a retardar a expansão da epidemia em Portugal relaciona-se com o facto de uma larga maioria de portugueses estarem a cumprir as recomendações que a Direção-Geral de Saúde e o Governo têm vindo a divulgar, designadamente quer tendo atenção às questões da higiene pessoal, lavando as mãos frequentemente, quer precavendo ao máximo os contactos pessoais ou, ainda, “disponibilizando-se voluntariamente” para “uma situação de confinamento”, entre outras medidas de precaução.

“Esta é uma batalha em que, felizmente, estamos todos juntos contra uma pandemia global e temos de encontrar as melhores respostas possíveis. Temos de ter uma visão comum porque é um esforço nacional, e digo mesmo mundial, que temos todos de o fazer em conjunto”, afirmou.

Convergência política e esforço nacional

Já em Lisboa, o primeiro-ministro marcou para hoje, quinta-feira, várias reuniões na residência oficial de São Bento com os lideres de todos os partidos com representação parlamentar, encontros que começaram logo de manhã e se que prolongam por parte da tarde, intercalando a reunião do Conselho de Ministros.

Por se tratar de um assunto que é transversal a toda a sociedade, também por isso, segundo António Costa, o Governo tem a obrigação de “ouvir os outros partidos”, as ideias que têm e as sugestões que pensem ser a mais adequadas para melhor se poder enfrentar este flagelo, lembrando que até ao momento, quer o “conjunto do sistema político”, quer “sobretudo os cidadãos”, têm tido um “comportamento exemplar” perante uma situação de crise.

“Este é um daqueles momentos em que é essencial que o país sinta que os agentes políticos estão todos convergentes quanto ao objetivo comum: conter o mais possível a expansão desta pandemia e estar nas melhores condições possíveis para responder ao tratamento daqueles que estão ou venham a estar contaminados e evitar mortes”, disse já esta manhã.

O chefe do Governo revelou que na primeira parte do Conselho de Ministros foram “indiciadas” várias medidas, relacionadas quer com “o encerramento de alguns espaços públicos, quer com a criação de condições de apoio à manutenção da atividade económica e apoio ao rendimento das famílias que possam vir a ser afetadas”, medidas que se revestem de um “grande impacto social”, entendendo António Costa que “era o momento de ouvir todas as lideranças partidárias”.

Depois das 20h00, concluídas as reuniões com os líderes partidários, serão retomados os trabalhos no Conselho de Ministros e serão anunciadas as medidas pelo Executivo.