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PS aprova rejeição do programa de governo da coligação

PS aprova rejeição do programa de governo da coligação

O Partido Socialista vai apresentar uma moção de rejeição do programa de Governo da coligação PSD/CDS, na sequência da decisão do Presidente da República de indigitar Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro. A decisão emanada da Comissão Política Nacional do PS não teve votos contra e apenas duas abstenções.

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PS aprova rejeição do programa de governo da coligação

No comunicado final da Comissão Política de ontem indica-se também que António Costa foi mandatado para prosseguir as negociações e concluir um acordo com o BE, o PCP e o PEV, bem como para aprofundar os contactos com o PAN, com vista a uma solução alternativa de governo estável, credível e consistente.

No documento, lê-se que a Comissão Política delibera dar ao seu Grupo Parlamentar “indicação para apresentar uma moção de rejeição de qualquer programa de Governo que se proponha manter no essencial as políticas da anterior legislatura”, uma vez que os socialistas estão cientes de que a direita coligada não reconhece a necessidade de mudança expressa pelos portugueses nas urnas.

Após a reunião que durou cerca de quatro horas, a Comissão Política salientou que os socialistas informaram o Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, de que estão em condições de “liderar uma solução alternativa, maioritária, consistente e duradoura”.

Numa alusão ao entendimento alcançado pelo PS, na sequência das conversações com o Bloco de Esquerda e CDU, tendo em vista a formação de um Governo, a Comissão Política entende que a solução construída à esquerda corresponde ao critério político enunciado pelo Presidente da República, quando cometeu aos partidos políticos a responsabilidade de construir um apoio parlamentar maioritário, consistente e estável ao próximo Governo, num “tempo do compromisso”.

Por isso, considera que Aníbal Cavaco Silva se assumiu como “oponente” à maioria dos eleitores e responsabiliza-o por confundir programa de Governo com programas de partidos políticos que suportem esse executivo.

Os socialistas consideram o discurso que o Presidente proferiu na quinta-feira à noite como “absolutamente contraditório com os seus apelos ao compromisso”.

E são categóricos ao afirmar que o PS não recebe lições do Presidente da República nem da direita portuguesa sobre o seu compromisso histórico com a segurança internacional, designadamente no que se refere à participação de Portugal na NATO.

Leia aqui o comunicado da Comissão Política Nacional na íntegra.