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Comissão Nacional aprova critérios para escolha de candidatos a deputados

Comissão Nacional aprova critérios para escolha de candidatos a deputados

Foram ontem aprovados por ampla maioria na Comissão Nacional os critérios propostos pela Secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, para a escolha de candidatos a deputados nas próximas eleições legislativas.

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Comissão Nacional aprova critérios para escolha de candidatos a deputados

Reunida ontem, em Lisboa, a Comissão Nacional do PS aprovou por larga maioria, com apenas 14 votos contra, os critérios apresentados para a escolha dos futuros candidatos a deputados, um processo que terminará no dia 23 de julho com a aprovação definitiva das listas.

Esta votação expressiva significou também a rejeição clara, pela maioria dos membros da Comissão Nacional, da proposta de realização de eleições primárias para a escolha dos candidatos a deputados às próximas eleições legislativas, que obteve apenas 23 votos favoráveis.

Falando mais tarde aos jornalistas, a Secretária-geral adjunta sublinhou que, como regras essenciais constantes na proposta aprovada, figuram critérios como a “abertura das listas de candidatos à sociedade civil” e a defesa de listas “tendencialmente paritárias”, isto é, constituídas por “igual número de homens e de mulheres”.

Ana Catarina Mendes teve ainda ocasião para recordar a este propósito a disposição legal que obriga os partidos políticos, quando elaboram as listas de candidatos, a respeitarem a regra segundo a qual cada género terá de possuir uma “representação mínima de 40%”, decisão que a Secretária-geral adjunta socialista saúda, sustentando que o PS há muito que reivindica a participação “de mais mulheres na vida política” nacional.

Quando ao perfil dos candidatos a deputados, a dirigente socialista, depois de classificar “como desejável” que a escolha recaia em “gente empenhada e comprometida com um projeto para a sociedade portuguesa”, lembrou que há áreas que nenhum socialista pode deixar de encarar como determinantes e estruturantes e pelas quais terá de se empenhar.

A este propósito, explicitou a “defesa do Estado social e as alterações climáticas”, acrescentando ainda que no PS existe, desde o início desta legislatura, um outro critério fundamental que passa por um “compromisso de ética”, que foi já subscrito por “todos os nossos candidatos” pela primeira vez há quatro anos e que, como garantiu, “voltará este ano de novo a ser assinado”.

Ana Catarina Mendes assume direção da campanha

A Secretária-geral adjunta do PS irá assumir a direção da campanha para as eleições legislativas de 6 de outubro, depois de ter sido já a coordenadora nacional da campanha socialista para as eleições autárquicas de 2017.

Ana Catarina Mendes será coadjuvada por dois diretores operacionais, Duarte Cordeiro, líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), e Hugo Pires, secretário nacional para a Organização e deputado eleito pelo círculo de Braga.