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Colocar agora em causa o aeroporto do Montijo seria comprometer o crescimento económico e turístico do país

Colocar agora em causa o aeroporto do Montijo seria comprometer o crescimento económico e turístico do país

Não há um plano alternativo ao desenvolvimento da opção pelo aeroporto complementar do Montijo, cuja suspensão colocaria em causa o crescimento económico e turístico do país, advertiu ontem António Costa, que acusou o PSD de ter uma posição incoerente sobre a matéria.

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Colocar agora em causa o aeroporto do Montijo seria comprometer o crescimento económico e turístico do país

O Secretário-geral do PS reagiu com apreensão às palavras do líder do maior partido da oposição, quando há dias, num canal televisivo, levantou as dúvidas e pôs mesmo em causa a opção já tomada para que a capacidade aeroportuária de Lisboa seja complementada com o desenvolvimento do aeroporto do Montijo, lembrando que o PSD votou favoravelmente no Parlamento ao lado do PS, no passado dia 5 de julho, o Programa Nacional de Infraestruturas.

Segundo o líder socialista e primeiro-ministro, que falava aos jornalistas no final de um almoço com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), em Lisboa, é também no mínimo estranho que a direita esteja agora a embarcar numa crítica ao desenvolvimento do aeroporto do Montijo, depois de na legislatura passada PSD e CDS terem defendido o projeto, referindo que a sua suspensão “colocaria seriamente em causa o crescimento económico” do país.

Para António Costa, não faz qualquer sentido que o país continue mergulhado numa discussão estéril, que se “mantém após décadas num impasse”, sobre a expansão da oferta aeroportuária na capital, defendendo que esta é a altura certa para se pôr um ponto final nas “hesitações e nas criticas mais ou menos criativas”.

Qualquer outro plano que não passe agora pela aposta no Montijo, na opinião de António Costa, “comprometerá seriamente a dinâmica de crescimento do turismo”, que é fundamental, como assinalou, para a criação de emprego e de riqueza e para “dinamizar todo o conjunto de outras atividades económicas”.

Lembrando, a propósito, que nesta legislatura o setor foi capaz de criar cerca de 117 mil postos de trabalho, “com mais de 45% em receitas”, o líder do Governo socialista aconselhou, por isso, a que se mantenha uma “linha de trabalho” que não “devolva o país à incerteza do que vai acontecer a seguir”.

Investimento público consensual

Já durante o almoço perante os membros da Confederação do Turismo de Portugal, António Costa tinha lembrado que sempre insistiu na necessidade de existirem programas de investimento público discutidos e aprovados de “forma consensual” na Assembleia da República, “pelo menos por uma maioria de dois terços”, reafirmando que é preciso acabar com o “ciclo excessivo de 20 anos” em que cada Governo que chegava insistia “partir do zero colocando em causa tudo aquilo que o anterior tinha feito”.

É por isso que, para o primeiro-ministro e líder socialista, este é o momento de se “tomarem as decisões e de se agir”, também em relação ao futuro aeroporto civil do Montijo, sublinhando que o estudo de impacto ambiental “é claro” quanto às medidas que têm e devem ser tomadas sem que isso obrigue, como realçou, a que se “volte à estaca zero”, reabrindo o debate sobre a solução, o que “seria comprometer muito seriamente o futuro do país”.