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Coleções dos Museus portugueses vão estar também na Internet

Coleções dos Museus portugueses vão estar também na Internet

Portugal, a exemplo do que já acontece com outros países e com prestigiadas organizações culturais de todo o mundo, vai também passar a ter ‘online’ as coleções dos seus museus, palácios e monumentos nacionais, no âmbito de um acordo que será amanhã, quinta-feira, assinado no Palácio Nacional da Ajuda, entre o Governo português e a Google Cultural Institute.

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O Desafio do Digital na Cultura (1)

A notícia foi dada através de uma nota do gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, anunciando que, no âmbito deste acordo, as coleções dos museus, palácios e monumentos nacionais, tutelados pela Direção-geral do Património Cultural, vão passar a integrar uma plataforma ‘online’ numa parceria que abrangerá, numa primeira fase, como refere esta nota do Ministério da Cultura, os acervos de sete museus nacionais, de Arqueologia, Arte Antiga, Arte Contemporânea/Chiado, Traje, Teatro e Dança, Azulejo e Coches.

Segundo o gabinete do titular da pasta da Cultura, até finais de 2018, esta iniciativa será alargada também a outros museus e monumentos, com conteúdos de alta resolução, que passarão a estar “permanentemente acessíveis” ‘online’, beneficiando ainda da “inclusão em exposições virtuais temáticas”, o que vai possibilitar, como refere ainda o comunicado, o “enquadramento das coleções nacionais em contextos internacionais”.

O Google Cultural Institute assegurará o uso da tecnologia, permitindo a visualização virtual de interiores e a “captura de imagens panorâmicas”, através da digitalização dos conteúdos em ultra resolução, o que vai possibilitar uma “divulgação universal” das obras de arte de excelência dos museus portugueses, acrescenta ainda o comunicado.

Este acordo vem no seguimento de um outro projeto, designado “We wear culture”, ou as “histórias por trás do que vestimos”, assinado no passado mês de junho também com o Google Cultural Institute, acordo que veio permitir que através da Internet fossem disponibilizados conteúdos e testemunhos de 3 mil anos de moda mundial, e onde estão reunidos, entre mais de 180 instituições de todo o mundo, organismos portugueses como o museu nacional do Traje ou o museu do Teatro e da Dança.

Orçamento para a Cultura

Entretanto ontem na Assembleia da República, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, garantiu que a dotação para a área da Cultura “está a ter uma trajetória sustentada de reforço”, destacando a propósito que houve um “reforço de 7,4% nas despesas financiadas por receitas gerais”, o que representa, como avançou, “um valor total de 118 milhões de euros”. 

O titular da pasta da Cultura teve ainda ocasião para anunciar a criação de um Plano Nacional das Artes, uma iniciativa em tudo semelhante ao que já existe quer para o cinema, quer para a leitura, acrescentando o ministro  que a Direção-geral das Artes “vai ter mais verbas disponíveis”, cerca de mais 17,6 milhões de euros, ou seja, como salientou, um aumento de 24% face a 2017. 

A par desta novidade, o ministro da Cultura sublinhou que o objetivo do Governo é “promover uma profunda reflexão” sobre novos modelos de governação para os museus e monumentos, para que estes, como aludiu, “possam ser mais autónomos e descentralizados”.