Os cartazes apresentados nesta exposição contam visualmente uma história com 50 anos e mostram alguns dos grandes momentos dela – a história do Partido Socialista. Foram escolhidos entre muitas centenas de outros, com critérios de representatividade política e de expressividade gráfica. Formam uma antologia que convida a conhecer e a reconhecer, a recordar e a descobrir.

A exposição é feita com o rigor geométrico que cada um destes cartazes tem e com a liberdade que comunica. Ao olhá-los, vemos as imagens e as palavras que, em cada período político, deram rosto e voz a um projeto ou a um programa, a uma proposta ou a um protagonista, a um protesto ou a um propósito. Estes cartazes transmitiram uma mensagem, promoveram uma figura, anunciaram um acontecimento, alertaram para uma ameaça, divulgaram uma ideia, mobilizaram milhares de pessoas. Qualquer cartaz quer ser um íman visual que atrai o olhar.

Desde o tempo da ditadura até aos vários tempos da democracia, nestes 50 anos, foram afixados milhares e milhares de cartazes que mostram o papel único do PS e a sua importância decisiva na construção do Portugal livre, democrático, solidário e moderno. Aqui se mostra como a história do PS é inseparável da história da democracia portuguesa.

Esta exposição, que inaugura a Galeria 19 de Abril da Sede Nacional do PS, assume ainda um elevado valor sentimental. Muitos dos que olham agora os cartazes estão a reencontrar e a recuperar momentos que marcaram a sua participação cívica e política. Outros recordam as horas exaltantes ou difíceis em que andaram a colá-los com entusiasmo, fervor e militância. Visitar esta exposição é dar à memória a oportunidade de fazer uma viagem afetiva e à vontade a ocasião de encontrar um impulso para o futuro.

A democracia é a luta da memória contra o esquecimento. Fazendo também apelo aos mais novos, a exposição assume convictamente um papel cívico e pedagógico. Convida a descobrir o que não se conhece, a refletir sobre o que se vê, a imaginar o que aconteceu.

Com esta exposição, em que os cartazes deixam de ser propaganda para ser história e a história deixa de ser passado para ser futuro, devolvemos à democracia estes momentos fundamentais em que ela se defendeu, afirmou, construiu e consolidou.