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Carlos César pede responsabilidade aos partidos para garantir governação estável

Carlos César pede responsabilidade aos partidos para garantir governação estável

O presidente do Partido Socialista apelou ontem a todos os partidos “que se empenharam para que não houvesse uma maioria absoluta” do PS nas eleições legislativas do passado domingo que contribuam agora “para que haja uma maioria estável e que os próximos quatro anos constituam um momento em que as instituições se concentrem na resolução dos principais problemas com que os portugueses se confrontam”.

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Carlos César pede responsabilidade aos partidos para garantir governação estável

À saída de uma reunião com o Presidente da República, Carlos César vincou que, “naturalmente, não é o PS que determina o comportamento dos outros partidos. Cada um escolherá a forma como contribuirá para a estabilidade política. Agora, o que é certo é que esses partidos assumiram todos uma grande responsabilidade ao pedirem aos portugueses para que não houvesse uma maioria absoluta”.

“Estou convencido de que todos esses partidos também têm interesse em reafirmar a sua contribuição para a estabilidade política. Por que é que os partidos insistiram muito que não houvesse maioria absoluta? Porque queriam ter um papel na estabilidade, sem maioria absoluta. Ora, não houve maioria absoluta, estes partidos têm o grande desafio de contribuir efetivamente para a estabilidade”, sustentou.

O também líder parlamentar do PS referiu que o partido pretende agora “construir uma base sólida de entendimento” à esquerda “que permita que estes próximos quatro anos decorram com estabilidade, com tranquilidade”. “Seja um acordo escrito, seja um acordo verbal”, acrescentou.

Ora, o Partido Socialista “apenas não equacionou a formação de uma coligação com efeitos de Governo”, revelou Carlos César, no Palácio de Belém, acompanhado pela Secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, e pela dirigente socialista Maria Antónia Almeida Santos no quadro das audições do Presidente da República aos partidos com assento parlamentar sobre a formação do novo Executivo.

O presidente da bancada parlamentar socialista explicou que o mais importante é haver entendimento “sobre as principais matérias que regularão a governação nos próximos quatro anos”, admitindo acordos com formas diferentes consoante os partidos.

Solução de estabilidade para a nova legislatura

Carlos César não deixou de enaltecer o resultado do Partido Socialista nas eleições legislativas de 6 de outubro, com 36,65% dos votos, elegendo 106 deputados. “Foi uma grande vitória”, congratulou-se, lembrando que o PS “foi o único partido referencial na vida portuguesa que subiu a sua votação” e que conseguiu “eleitos por todos os círculos”.

“Entendemos a mensagem dos portugueses nestas eleições, de haver uma maioria relativa com um PS reforçado, e também o estímulo que esses resultados dão a todos os partidos para que procedam a um diálogo garantindo a estabilidade nos próximos quatro anos”, apontou.

O presidente do partido enumerou depois as matérias que devem estar presentes nas negociações que irão começar na quarta-feira: a habitação, as infraestruturas, a saúde e a União Europeia.

Carlos César espera que “o diálogo seja profícuo, agora estendido também ainda a outros partidos que tiveram representação parlamentar”, mostrando-se confiante na obtenção de “uma solução de estabilidade” para a nova legislatura.