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Carlos César pede ação ao Governo e diz que PS não subvaloriza racismo

Carlos César pede ação ao Governo e diz que PS não subvaloriza racismo

O presidente da bancada parlamentar do PS exigiu que o Governo atue junto das forças policiais para que haja consequências da agressão a uma jovem colombiana, no Porto.

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“O Partido Socialista não está disponível para contemporizar com estas situações e para avaliá-las como simples episódios triviais, ou como desavenças na via pública”, garantiu.

No final da reunião semanal da bancada socialista, Carlos César sublinhou a importância de o Governo concluir rapidamente “a proposta de lei para disciplinar melhor a atividade da segurança privada”. Nicol Quinayas, de 21 anos, nascida na Colômbia, foi agredida e insultada na madrugada de domingo, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a STCP (Serviço de Transportes Coletivos do Porto).

“É importante também que o Governo tenha consciência de que aquilo que se passou não foi uma mera desavença”, frisou.

O líder parlamentar do PS explicou que estes acontecimentos “não podem ser subvalorizados”. Antes pelo contrário, devem ser “sobrevalorizados, porque é essa a obrigação das autoridades num Estado de direito”, apontou.

Para Carlos César, o que se passou na cidade do Porto “foi uma agressão com um fundamento racista, que não pode deixar de ser registada no plano político”. “Não temos que defender o país que temos, temos de defender o país que queremos”, alertou.

Assim, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista entende “que é importante que na sociedade portuguesa não se escondam acontecimentos como estes, que não sejam mascarados ou trivializados, sendo antes devidamente valorizados. É importante que na sociedade portuguesa se aprofunde o debate sobre o racismo”.

Carlos César chegou mesmo a afirmar que não se pode pensar que Portugal “é uma exceção no mundo” sobre casos de racismo “e que tudo decorre da melhor forma”. “Não podemos ignorar que situações destas escondem uma realidade que também coincide na vida social portuguesa”, acrescentou.

PS vai apresentar propostas de alteração ao acordo de concertação social

O presidente da bancada socialista revelou ainda que o PS apresentará propostas de alteração aos diplomas do Governo resultantes do acordo de concertação social sobre o combate à precariedade. O objetivo é “salvaguardar a melhor interpretação” desse compromisso alcançado entre UGT e confederações patronais, referiu.

“Entendemos que é muito relevante a circunstância de as confederações patronais se terem envolvido numa agenda legislativa que tem por único objetivo a defesa dos interesses dos trabalhadores, através do combate à precariedade e a favor da dignidade do trabalho”, garantiu.

No entanto, o PS defende que, “no âmbito da concertação parlamentar, que sucede à concertação social, se deve fazer um esforço no sentido de essa legislação ser ainda melhorada e ser acautelada no seu melhor espírito”.

“É isso que vamos fazer apresentando propostas de alteração. Quando estivermos em sede de especialidade, essas propostas serão presentes e votadas, o que não impede que na própria discussão na generalidade se entenda quais as matérias que, da parte do PS, se considera importante clarificar ou melhorar”, explicou aos jornalistas.