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Bons sinais para um novo ímpeto progressista na Europa

Bons sinais para um novo ímpeto progressista na Europa

O declarado entendimento entre a CDU de Angela Merkel e o SPD, liderado pelo social-democrata Martin Schulz, para a formação de um Governo na Alemanha, foi saudado pelo primeiro-ministro português, num artigo que publicou num jornal alemão, salientando António Costa que este entendimento é um “forte sinal” que encoraja todos aqueles que “têm trabalhado para uma Europa social, unida, democrática e próspera”.

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Bons sinais para um novo ímpeto progressista na Europa

Num artigo que publicou, este domingo, no jornal alemão, “New Westfalische”, o primeiro-ministro português, depois de saudar os bons resultados das conversações para a formação de um Governo na Alemanha, entre a CDU e o SPD, manifestou a esperança de que este bom clima que agora foi criado possa traduzir-se, em breve, em novas oportunidades para o progresso e a mudança, argumentando o primeiro-ministro português ser necessário “um novo ímpeto progressista” na Europa.

Para António Costa, o bom clima criado entre os dois partidos alemães, tendo em vista a formação de um futuro Governo, é um sinal encorajador para todos aqueles que têm trabalhado para uma Europa socialmente mais forte e justa, que seja capaz de criar “novas oportunidades para o progresso e para a mudança”, sustentando o primeiro-ministro português que a União Europeia tem de saber encontrar “um novo e forte ímpeto progressista”.

Segundo António Costa os próximos meses vão ser decisivos para o futuro da União Europeia em matérias tão importantes como o crescimento económico sustentável ou a criação de “emprego decente e luta contra o desemprego jovem”, mas também em relação à “conclusão da União Económica e Monetária, às políticas de migração e asilo, à política externa e de defesa europeia, à digitalização, automação, energia e transição ecológica ou ainda em relação ao pilar dos direitos sociais”, áreas onde a Europa precisa, ainda segundo António Costa, de criar “impulsos progressistas para continuar a avançar com firmeza e união”.

O tempo urge, sustentou ainda o primeiro-ministro português neste seu artigo no jornal alemão, lembrando que estão “à nossa frente” importantes decisões europeias que importa que sejam agora tomadas para assegurar que a União Europeia está “pronta e munida dos meios adequados de ação” quando for confrontada a assumir as suas responsabilidades “perante os cidadãos europeus.   

Uma Europa mais forte e menos exposta aos humores dos mercados, como é defendido há muito pelo primeiro-ministro, António Costa, é uma Europa que investe mais na educação, no emprego ou na convergência económica e social entre todos os Estados-membros, mas também uma Europa que “marca o ritmo mundial na luta contra as alterações climática”, que garante uma “tributação adequada para todos”, que fortalece direitos sociais básicos e “protege os interesses dos trabalhadores”, nunca deixando de lado ou numa escala de menor importância as “respostas comuns e solidárias” em relação à imigração e ao asilo.

Nesta sua missiva, o chefe do Governo português não deixou de se referir também ao papel determinante que em sua opinião a Europa deve ter, através da sua política externa, para a “paz global, a proteção dos direitos humanos e o desenvolvimento justo e sustentável do mundo”, uma Europa que de acordo com os seus valores, acrescentou ainda António Costa, tem de saber “ultrapassar nacionalismos e populismos” e responder às “expetativas dos seus cidadãos”.