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Bons resultados das contas públicas resultam do trabalho rigoroso dos portugueses

Bons resultados das contas públicas resultam do trabalho rigoroso dos portugueses

Desde há várias décadas que a economia e as finanças portuguesas não apresentavam um “desempenho tão positivo” como hoje apresentam, referiu esta manhã, em Lisboa, o ministro das Finanças, na apresentação dos dados do défice orçamental de 2017, sustentando que só o “rigor traz a confiança e o emprego, que podem manter Portugal na rota do sucesso”.

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Bons resultados das contas públicas resultam do trabalho rigoroso dos portugueses

Para o ministro das Finanças, Mário Centeno, esta boa execução das contas das Administrações Públicas de 2017, que apresentaram “o melhor desempenho económico e financeiro desde há várias décadas” traduzido num défice de 0,9%, permite que o país possa avançar “ainda com mais confiança” para o desenvolvimento de melhores políticas e trabalhar com “mais confiança, para um novo patamar de desenvolvimento do país”.

Segundo Mário Centeno, que falava em Lisboa, numa conferência de imprensa, os bons resultados alcançados na economia e nas finanças nacionais têm de ser, antes de mais, consignados, sobretudo, como assinalou, ao “trabalho rigoroso e exigente” de todos os agentes económicos em Portugal, lembrando o ministro que nestes bons resultados tem de se incluir a “redução acentuada da dívida das famílias, a recuperação para níveis anteriores ao início da crise do emprego e dos salários, o crescimento do emprego para o dobro do ritmo da União Europeia” e, ainda, como acrescentou, com o “desemprego a cair abruptamente, atingindo a taxa mais baixa desde 2004”.

Um clima favorável que tem permitido, com a estabilização do sistema financeiro, como realçou o ministro das Finanças, que as empresas “voltassem a ter confiança”, regressando ao investimento, que hoje fazem ao “dobro do ritmo da União Europeia”, criando mais emprego e de melhor qualidade, sendo que 85% dos contratos, garantiu ainda Mário Centeno, são “contratos permanentes e com salários que crescem”.

Maior esforço público

Mais à frente nesta conferência de imprensa, Mário Centeno garantiu que Portugal continua a cumprir com todos os seus compromissos “desde que este Governo assumiu funções”, destacando a Saúde, a Educação e os serviços públicos nos municípios como alguns dos destinos preferenciais deste acrescido “esforço público”, sustentando que as “opções responsáveis do Governo” se traduzem “necessariamente” numa “expressão positiva” nas políticas públicas e nos indicadores sociais.

Para o ministro Mário Centeno, o país deixou para trás “as impossibilidades aritméticas, os milagres e as reversões”, estando em condições para poder saudar o esforço de toda a Administração Pública, os seus dirigentes e funcionários e todos os portugueses, pela “credibilidade que hoje têm as contas públicas em Portugal”, defendendo o ministro que “só o rigor traz a confiança e o emprego, que podem manter Portugal na rota do sucesso”.

Contas públicas

Entretanto a Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulgou hoje ao princípio da tarde a síntese de execução orçamental em contas públicas até maio, sendo que o Governo pretende reduzir o défice para 0,7% do produto em contabilidade nacional em 2018.

Segundo este relatório, até abril, o défice orçamental em contas públicas totalizou 2022 milhões de euros, mais 165 milhões de euros em termos homólogos, devido, como aqui se refere, a “um crescimento da despesa em 4,1% superior ao da receita que foi de 3,8%”.

Como refere a DGO, os números divulgados são apresentados em contabilidade pública, ou seja, como esclarece, “têm em conta o registo da entrada e saída de fluxos de caixa”, sendo que a meta do défice é fixada e apurada pelo INE em contas nacionais, que é o que conta para Bruxelas.

Ainda segundo a Direção-Geral do Orçamento, até abril, o excedente primário, que exclui os encargos com a dívida pública, ascendeu a 1 474milhões de euros, tendo aumentado 418 milhões de euros relativamente a igual período de 2017, sendo que, até ao passado mês de março, o défice situou-se nos 0,9% do produto, em contas nacionais, abaixo dos 10,6% registados no período homólogo.