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Autonomia e flexibilidade curricular projetam a escola do futuro

Autonomia e flexibilidade curricular projetam a escola do futuro

É decisivo para que o sistema educativo português avance e se modernize que haja mais “flexibilidade e autonomia curricular”, defendeu ontem o primeiro-ministro, em Lisboa, no final da cerimónia de entrega dos prémios “Ciência na Escola”, uma iniciativa que já vai na 15ª edição e que se realiza no âmbito de uma parceria entre a Fundação Ilídio Pinho e o Ministério da Educação.

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Autonomia e flexibilidade curricular projetam a escola do futuro

Antes da cerimónia da entrega dos prémios, o primeiro-ministro teve ocasião de visitar no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, cerca de uma centena de stands com trabalhos de alunos dos vários graus de ensino, trabalhos maioritariamente voltados para a valorização dos produtos endógenos de cada terra, como o medronho ou a bolota, uma iniciativa que mereceu rasgados elogios.

Não apenas aos alunos, salientando António Costa que grande parte dos projetos científicos ali expostos “revelam uma profunda ligação entre a escola e as comunidades locais”, mas igualmente, como também fez questão de salientar, ao trabalho que educadores de infância e professores têm vindo a realizar junto dos alunos incentivando-os a gostarem dos temas ligados às questões científicas, estimulando-os a possuírem “curiosidade pela experiência e espírito de inovação”.

O chefe do Governo mostrou particular interesse por alguns dos projetos das escolas que focavam a sua atenção no drama dos incêndios florestais de 2017, apresentando soluções, designadamente ao nível do aproveitamento da água para a irrigação das hortas, o que traduz, segundo o primeiro-ministro, “um sentido exemplar de comunidade”, e uma demonstração clara como a ligação entre a escola e o território, ou entre a escola e a autarquia, “são fundamentais para se ter um país melhor”.

Para António Costa iniciativas como esta, enraizadas e profundamente ligadas às comunidades locais, só são possíveis de realizar graças à gradual flexibilização e autonomia curricular das escolas, mas igualmente, como acrescentou, à política de descentralização que “permite às autarquias terem mais instrumentos, competências e recursos para apoiarem melhor as escolas”.

Nesta sua visita e participação na entrega dos prémios “Ciência na Escola”, o primeiro-ministro, que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, pelo ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pela secretária de Estado Mariana Vieira da Silva, teve ocasião de ouvir, de professores e alunos, explicações detalhadas sobre cada um dos projetos distinguidos este ano, a maioria sobre questões ecológicas ou de apoio a alunos com necessidades especiais, sendo que nesta edição os principais prémios foram atribuídos às escolas básicas de Gavião e da Serra da Gardunha, e às escolas secundárias do Fundão e de Arouca, tendo esta última sido premiada com duas distinções.