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Até 2024 Portugal vai investir 1,66% do PIB na Defesa

Até 2024 Portugal vai investir 1,66% do PIB na Defesa

Como consequência da crescente participação de Portugal em compromissos externos o investimento na Defesa nos próximos anos vai ser direcionado sobretudo “para a modernização da indústria nacional e do sistema científico do país. A garantia foi hoje dada pelo primeiro-ministro.

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Até 2024 Portugal vai investir 1,66% do PIB na Defesa

António Costa falava esta manhã, no final da cerimónia do Dia do Estado Maior General das Forças Armada que decorreu na Torre de Belém, em Lisboa, tendo o primeiro-ministro garantido que o investimento no setor da Defesa para os próximos anos apresenta dois cenários, quer no quadro da NATO, quer no âmbito da União Europeia: um que “depende mais de nós”, como referiu, e em que “prevemos um crescimento progressivo das despesas com a área da Defesa até atingirmos, em 2024, 1,66% do produto”, e outro, “dependente do acesso a fundos europeus, em que atingiremos 1,98% do PIB nesse mesmo ano”.

Segundo o primeiro-ministro, qualquer destes dois quadros “encerra uma grande exigência financeira”, constituindo em qualquer dos casos um “enorme desafio para o país”, que, todavia, como aludiu, “deve ser encarado sobretudo como uma oportunidade”, não só para se avançar na modernização e no reforço das capacidades das Forças Armadas portuguesas, mas, ao mesmo tempo, como uma aposta nas “capacidades de duplo uso” que venham ao encontro de outras necessidades do país.

Ou seja, como acrescentou, sempre que possível, “deve-se investir nas Forças Armadas e na Defesa de uma forma que crie oportunidades de robustecimento do sistema científico e tecnológico” e da indústria nacional, desiderato que, segundo o primeiro-ministro, “favorece a criação de emprego qualificado no país, estimula as exportações, desenvolve e valoriza as infraestruturas e dinamiza a economia”.

Como exemplo, António Costa apontou os investimentos no avião de transporte KC390 e no navio polivalente logístico, dois programas que, “sendo necessários para o país”, representam também, como salientou, “exemplos desta visão estratégica”.

Depois de garantir que haverá também uma particular atenção no que respeita ao investimento nos equipamentos dos militares, o primeiro-ministro fez questão de aludir que o Executivo a que preside dá particular ênfase ao setor estratégico da Defesa como uma das componentes “importantes do interesse nacional”.

O chefe do Governo destacou ainda as missões de caráter nacional desempenhadas pelos militares, designadamente, como referiu, nos serviços de apoio às populações, “em particular em situações de emergência que obrigam ao reforço da proteção civil”, mas também na elevada qualidade com que atua no exterior, por vezes em condições muito difíceis, ou ainda nas missões relativas à defesa do espaço aéreo nacional, mas também, como acrescentou, nas “operações contra ciberataques a infraestruturas militares de comunicações” no exercício da autoridade do Estado e nas “vastas áreas do oceano Atlântico sob jurisdição portuguesa.

Nesta cerimónia, para além do primeiro-ministro e das mais altas autoridades militares, marcaram presença o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e vários outros membros do Governo e representantes dos diferentes grupos parlamentares.