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Aposta do Governo no ensino presencial foi a mais acertada

Aposta do Governo no ensino presencial foi a mais acertada

O deputado do Partido Socialista Tiago Estêvão Martins defendeu hoje, no Parlamento, que no final do primeiro período escolar “é preciso dizer-se que a aposta no ensino presencial foi uma aposta ganha”, e congratulou-se por as comunidades educativas terem dado resposta às dificuldades colocadas pela pandemia de Covid-19.

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Aposta do Governo no ensino presencial foi a mais acertada

O socialista frisou, durante o debate de urgência sobre educação requerido pelos social-democratas, que teria sido “bom” e “justo” que o PSD reconhecesse esta “avaliação muito positiva”, que “está à vista de todos”, e relembrou as palavras do presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas, que recordou que “no início do ano letivo muitos diziam que as escolas iriam fechar daí a um mês”, o que não aconteceu, porque, “mais uma vez, as comunidades educativas foram capazes de dar resposta às dificuldades colocadas”.

O coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto destacou depois a oportunidade deste debate, que “ocorre no dia seguinte à publicação do estudo sobre o estado da educação – um retrato do país ao ano de 2019, sobre o qual, aliás, o PSD nada disse”.

Ora, este estudo revela que “atingimos os melhores resultados de sempre em alguns dos indicadores, que estamos perto de cumprir as metas europeias para 2020, que há um caminho consistente de redução do insucesso escolar, que existem menos jovens que não estudam nem trabalham e que existe uma maior taxa de conclusão do Ensino Superior”, disse.

Para Tiago Estêvão Martins, estes dados “são francamente encorajadores e apontam-nos um caminho globalmente bem conseguido”.

O deputado do PS mencionou os dois últimos Orçamentos do Estado, em que foi aprovada “a proposta de revisão da Portaria dos Rácios”, foram atribuídas no Ensino Superior “mais bolsas, bolsas mais altas e propinas mais baixas”, e, para 2021, foram aprovadas as “propostas do PCP para reforço do número de assistentes operacionais nas escolas e a atribuição de verba específica para aquisição de material didático para as escolas, ou ainda a distribuição de material de computadores” iniciada neste ano letivo.

“Basta isto para percebermos que o rumo é acertado”, asseverou o parlamentar, que garantiu que “existe uma coerência efetiva entre a nossa política orçamental e a política educativa seguida”.

“E isto é visível no investimento em tutorias, no investimento no Programa de Sucesso Escolar, em manuais escolares gratuitos, em assistentes operacionais, em serviços de psicologia e orientação”, afirmou o deputado do PS, que acrescentou que “é a prova inequívoca do reforço numa aposta em que ninguém fique para trás”.

No debate do Orçamento do Estado para 2021, há cerca de um mês, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista deu dados que não foram contestados, lembrou Tiago Estêvão Martins: “Tínhamos atingido a percentagem mais baixa de sempre de abandono escolar; desde 2015 tínhamos reduzido a taxa de insucesso escolar em cerca de 30%; desde 1996 não existiam tantos estudantes a entrar no ensino superior”.

“Que o PSD queira discutir o ministro e não a educação, é uma opção sua. Mas isso acrescenta muito pouco ao país”, afiançou o deputado do PS no final da sua intervenção.

Direita só tem ambição para guerrilha política

Já o vice-presidente da bancada do PS Porfírio Silva acusou o PSD de não ter ambição para a educação: “Não tem ambição para a educação, só tem ambição para a guerrilha política”.

Ora, o país precisa “de muito mais” para ter uma “melhor educação para todos e não só para alguns”, disse o deputado socialista, que defendeu que “precisamos de um trabalho de persistência, de um trabalho de parceria. Como esta pandemia demonstrou, precisamos de todos”.

“Precisamos dos pais, dos professores, dos sindicatos, dos dirigentes escolares, dos técnicos. É desse trabalho de auscultação, de conciliação, de convergência que precisamos”, assegurou Porfírio Silva, que declarou que a direita se pôs “fora desse trabalho, porque não pensa no futuro”.