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Apoio de 100 milhões para PME

Apoio de 100 milhões para PME

Governo cria linha de apoio de 100M€ para promover a eficiência energética nas PME’s. O lançamento foi efetuado ontem, em Lisboa, pelos ministros da Economia e do Ambiente.

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Apoio de 100 milhões para PME

No lançamento da linha de apoio destinada às pequenas e médias empresas (PME’s), o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, revelou que a iniciativa tem como principal objetivo “dar melhores condições” para que as empresas façam os seus próprios investimentos com vista a obterem benefícios nos domínios da economia, ambiente e competitividade. 

“Promover a eficiência energética” e, ainda, “aumentar a competitividade e diminuir custos e emissões” estiveram na génese da criação desta linha de apoio, revelou o governante.

“Há muitas empresas com investimentos que se pagam em dois, três anos, e que conseguem em muitos casos reduzir a fatura energética em 20%, 30%, não apenas por reaproveitamento de calor, processos produtivos, mas também pela introdução de painéis solares, autoprodução”, sublinhou Caldeira Cabral.

A linha de apoio, que tem um período de carência de dois anos, irá permitir que as poupanças geradas pelas empresas, através da melhoria de eficiência energética e da redução de custos, atinjam, segundo a estimativa do ministro da Economia, valores superiores aos montantes que as empresas têm que a pagar aos bancos.

Cooperação entre Economia e Ambiente

Manuel Caldeira Cabral destacou ainda o trabalho de cooperação e intercâmbio que tem vindo a ser desenvolvido entre as tutelas da Economia e do Ambiente com vista a promover melhorias ambientais através de incentivos e apoios.

Por seu lado, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, deu nota do facto do lançamento desta linha de apoio acontecer no dia seguinte ao anúncio da atribuição do prémio Nobel da Economia a William Nordhaus. O professor e investigador norte-americano é um dos académicos mais respeitados na área da economia ligada ao meio-ambiente e, em particular, no que concerne à relação e implicações das alterações climáticas no domínio da economia.

Matos Fernandes sublinhou a importância de haver instrumentos que, tal como esta nova linha de apoio, responsabilizem as empresas industriais e de turismo.

O responsável pela pasta do Ambiente reiterou a ideia de que a eficiência energética é um desafio para as empresas que requer investimentos e uma aposta em fontes renováveis, tecnologias e processos inovadores, por forma a “garantir a sustentabilidade e produtividade das empresas a longo prazo”, concluiu.