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António Costa valoriza capacidade de entendimento no superior interesse da União Europeia e da relação futura com Reino Unido

António Costa valoriza capacidade de entendimento no superior interesse da União Europeia e da relação futura com Reino Unido

Há “maior capacidade de entendimento” sobre a nova extensão para o ‘Brexit’ entre os 27 Estados-membros do que no próprio Reino Unido internamente, admitiu o primeiro-ministro, António Costa, no final do Conselho Europeu extraordinário consagrado ao ‘Brexit’.

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António Costa valoriza capacidade de entendimento no superior interesse da União Europeia e da relação futura com Reino Unido

Admitindo que apesar de ter havido “visões diferentes” durante a reunião extraordinária do Conselho Europeu sobre a nova extensão para o ‘Brexit’, António Costa não teve dúvidas em valorizar a capacidades de entendimento encontrada pelos 27, em claro contraste, como referiu, com o que se passa sobre esta matéria no próprio Reino Unido internamente.

António Costa falava à comunicação social portuguesa no final de mais um Conselho Europeu extraordinário consagrado ao ‘Brexit’, reunião na qual ficou acordada uma nova extensão do artigo 50º para a saída do Reino Unido do bloco europeu até 31 de outubro, lembrando o primeiro-ministro que Portugal partiu para esta reunião com a disposição de conceder uma extensão mais longa, afirmando-se, contudo, satisfeito com a decisão final do Conselho.

Reafirmando que os 27 Estados-membros, apesar das visões e opiniões diferentes, têm demonstrado ao longo destes últimos dois anos maior capacidade para definir uma estratégia e assumir posições negociais comuns face ao processo do ‘Brexit’ do que o próprio Reino Unido, o primeiro-ministro reiterou que aquilo que agora é essencial “e evitar a todo o custo” que haja uma saída desordenada do Reino Unido da UE, cenário que para já se conseguiu evitar, como lembrou, e que iria acontecer “já na próxima sexta-feira” caso os 27 “não tivessem acordado numa nova extensão” do ‘Brexit’ até 31 de outubro.

O que é importante agora, destacou o líder do Governo português, é que o processo “seja conduzido da forma mais harmoniosa possível, para que a futura relação com o Reino Unido possa ser a mais próxima possível, pelo que é necessário evitar abrir feridas neste processo de saída que dificultarão o estabelecimento da relação futura”.

Há riscos de uma nova extensão

Aceitando que este é o momento para que todos os países da União Europeia apoiem a decisão agora encontrada no Conselho Europeu, António Costa não deixou, contudo, de alertar para a possibilidade de existir “um risco efetivo” de o Reino Unido voltar a precisar de uma nova extensão para concluir o processo político interno, admitindo que em 31 de outubro os líderes europeus “tenham de novo que se reunir” numa nova cimeira para voltar a encontrar um novo prolongamento do prazo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Contudo, como também referiu o primeiro-ministro se, entretanto, o parlamento britânico aprovar o acordo de saída “que já rejeitou por três vezes”, a saída oficialmente será concretizada no “primeiro dia do mês seguinte ao da aprovação”, sendo que este novo prolongamento ao artigo 50º, recordou ainda António Costa, “exige a participação do Reino Unido nas próximas eleições europeias”, que terão lugar nos diversos países entre os dias 23 e 26 de maio, tendo ainda acrescentado que a data de 31 de outubro proposta pela UE se “deve ao facto de a futura Comissão Europeia entrar em funções em 1 de novembro”.