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António Costa saúda “maior crescimento real do século” e garante aposta na inovação e qualificação

António Costa saúda “maior crescimento real do século” e garante aposta na inovação e qualificação

O crescimento económico verificado em 2017 em Portugal foi hoje saudado pelo primeiro-ministro no debate quinzenal na Assembleia da República, adiantando António Costa tratar-se do “maior crescimento real deste século” que coloca o país, pela primeira vez, em convergência com a Europa.

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António Costa saúda “maior crescimento real do século” e garante aposta na inovação e qualificação

O primeiro-ministro saudou hoje durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, o crescimento da economia portuguesa, em 2017, de 2,7% do PIB, “acima da média da zona euro e da própria União Europeia”, um crescimento que António Costa considerou ser “mais saudável” por estar alicerçado no “investimento e nas exportações”, que permitiu a Portugal ter o “maior crescimento económico real deste século”.

Uma economia, como assinalou, que não só está a convergir com a Europa, como cresce cerca de 10% sustentada nas exportações de bens com especial destaque para a indústria, cujas vendas ao estrangeiro cresceram 14,7%, facto que permitiu que Portugal tivesse ganho “quota de mercado” em muitos países, em particular, como referiu António Costa, naqueles onde existe uma “procura sofisticada”.

Mas para além das exportações de bens, a economia portuguesa apresenta ainda outros dados muito satisfatórios, designadamente no que respeita ao aumento de 5,5% do investimento empresarial no conjunto do ano, com o I&D (Investimento & Desenvolvimento) a subir 7%, dados que, segundo o primeiro-ministro, estão a permitir, desde já, melhorar a qualidade de vida dos portugueses.

Salários e pensões

Mas para que tivesse havido este crescimento sustentado da economia, na opinião do primeiro-ministro, foi também determinante a recuperação de salários e de pensões, cortados pelo anterior Governo de direita, que se traduz hoje, como garantiu António Costa, “num aumento do rendimento líquido das famílias em cerca de 6,2%”.

O primeiro-ministro referiu-se ainda ao emprego, lembrando a propósito os cerca de 288 mil portugueses que encontraram emprego no país e os mais de 80 mil que se “libertaram do risco de pobreza, logo em 2016”, sublinhando que, no que respeita ao emprego, este foi o “maior crescimento num só ano” desde que o INE tem registo, tendo neste particular Portugal, como reafirmou, sido o país da União Europeia que “mais diminuiu o desemprego nos últimos dois anos”.

Mas Portugal, ainda segundo o primeiro-ministro, nestes últimos dois anos e meio não só foi capaz de criar mais emprego, como foi competente a encontrar novos mecanismo capazes de proporcionar “melhores empregos”, o que se traduz, como garantiu, em que cerca de 78% do emprego por conta de outrem criado neste período “corresponderem a contratos sem termo”, valor que sobe para “85% se considerarmos apenas 2017”.

Para António Costa, o país tem contudo plena consciência de que para ter mais crescimento económico e emprego é necessário apostar fortemente na “qualificação dos portugueses”, uma melhoria, como salientou o primeiro-ministro, que significa simultaneamente, por um lado “condição para reduzir as desigualdades” e, por outro lado, permitir melhores “oportunidades de um melhor emprego”, sendo este aspeto “essencial”, como referiu, para um “modelo de desenvolvimento assente na inovação”.

O primeiro-ministro referiu-se ainda à significativa melhoria na taxa de abandono escolar precoce, que “há uma década era de 36,5% e em 2017 baixou para 12,6%”, garantindo que o Executivo que lidera tudo fará para ajudar à sustentabilidade do crescimento económico “perante os desafios do século XXI”, e elencou as três prioridades do seu Governo, que passam pelo reforço da capacidade do Investimento e Desenvolvimento (I&D), na aposta na inovação empresarial e no assegurar a qualificação dos recursos humanos.

Apostar na inovação

No final da sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu que o país tem de se mobilizar de forma “determinada, persistente e continuada” para construir uma sociedade mais inclusiva, “com serviços públicos de maior qualidade e finanças públicas sãs”, uma sociedade do conhecimento com uma economia sustentada na inovação, pressupostos que em sua opinião são determinantes para “continuarmos a criar mais e melhores empregos” e permitir que as exportações possam atingir 50% do produto.