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António Costa quer Portugal e China como motores de cooperação conjunta com países lusófonos

António Costa quer Portugal e China como motores de cooperação conjunta com países lusófonos

O primeiro-ministro quer que a China se junte a Portugal para promover a cooperação com os restantes países da CPLP em áreas como a agricultura, infraestruturas ou educação.

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António Costa quer Portugal e China como motores de cooperação conjunta com países lusófonos

António Costa, depois de recordar o quadro de relações institucionais e empresariais entre Portugal e a China, congratulou-se com a disponibilidade da parte chinesa para, num futuro breve, se poder abrir uma cooperação no espaço lusófono, garantindo a “inteira disponibilidade” do Governo português para desenvolver projetos de cooperação triangular em “outras regiões” onde ambos os países possam beneficiar de “sinergias entre diferentes operadores económicos”.

O primeiro-ministro português falava na cerimónia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua oficial portuguesa, sessão que foi presidida pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a quem coube a primeira intervenção.

António Costa especificou as áreas onde essa “cooperação triangular” pode incidir, nomeando a agricultura, a educação, a proteção ambiental, as infraestruturas e as energias renováveis como sectores onde, “juntando as forças” de Portugal, China e Brasil, às forças de “cada um dos países africanos de língua portuguesa”, seja possível a “todos e cada um” fazer mais em conjunto do que “qualquer um de nós pode fazer em separado”.

O facto de ser membro da União Europeia, constitui também, segundo António Costa, mais um dado importante para que Portugal possa servir de “plataforma de contato” entre os diversos países que integram este fórum europeu, com vista à cooperação com os países lusófonos.

Papel igualmente determinante, na opinião do primeiro-ministro português, deve estar reservado a Macau como plataforma de ligação entre a China e os países de língua portuguesa, tendo António Costa a este propósito salientado a ligação histórica de “meio milénio” de Portugal a Macau, e a “forma ordenada” como decorreu a transição da administração do território para a China em dezembro de 1999.

Convite às ‘start-ups” de Macau e de toda a China

Já durante o encontro Start-up Macau Fórum, uma iniciativa que contou com o apoio do Governo português, António Costa estendeu também um convite as ‘start-ups’ de Macau e de “toda a China” a participarem, no próximo mês de novembro, em Lisboa, na conferência global de tecnologia Web Summit, convite que surgiu depois de os governos de Portugal e de Macau terem assinado um memorando de entendimento para “promover o empreendedorismo” e o apoio às ‘start-ups’.

A este propósito, o primeiro-ministro António Costa voltou a referir o “papel histórico” de Macau como uma “terra de pontes, salientando que a economia mundial assenta hoje “no conhecimento, na criatividade e na inovação”, afirnando que se “há algo que é essencial” é o “estabelecimento de pontes entre o talento e a diferença”.