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António Costa quer norte-americanos a investir no setor agroalimentar português

António Costa quer norte-americanos a investir no setor agroalimentar português

Portugal dispõe hoje, fruto do novo plano de regadios que será alargado até 2022, de “enormes potencialidades económicas a nível agrícola”, designadamente na vasta área envolvente ao Alqueva, salientou o primeiro-ministro, em Napa Valley, Sacramento, nos Estados Unidos da América, perante alguns dos maiores investidores mundiais do setor agroalimentar.

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António Costa quer norte-americanos a investir no setor agroalimentar português

No coração do território vitivinícola da Califórnia, o primeiro-ministro reuniu-se ontem num jantar com empresários californianos, alguns de origem portuguesa, oportunidade para António Costa enaltecer as potencialidades que a agricultura portuguesa oferece aos investidores internacionais, garantindo que Portugal dispõe hoje de uma “elevada área por explorar” não só na zona do Alqueva, mas também na região norte e centro do país, abertas ao investimento estrangeiro, salientando que o novo plano de regadio, que o Governo está a desenvolver e que estará, ao que tudo indica, concluído até 2022, abrirá ainda mais as áreas para a exploração agrícola em Portugal.

Neste jantar em Napa Valley, que é o maior centro de produção de vinho dos EUA, António Costa afirmou aos muitos empresários norte-americanos presentes que o investimento estrangeiro no regadio nacional “está em acelerado crescimento”, referindo a propósito que Portugal é atualmente “o terceiro maior produtor de concentrado de tomate e o quinto de azeitona”.

Reforma florestal

O primeiro-ministro abordou ainda a questão da floresta portuguesa, lembrando que a reforma que o seu Governo está a empreender no setor constitui “um desafio” em relação ao qual Portugal precisa de “novos investidores com uma visão empresarial”, referindo que o país dispõe de boas infraestruturas e uma “população jovem fluente em inglês”.

Antes deste jantar com empresários norte-americanos, o primeiro-ministro visitou as instalações da Corticeira Amorim, que está a operar em Napa Valley desde 2012, fornecendo atualmente cerca de 350 milhões de rolhas ao mercado do vinho da América do Norte, um projeto industrial que é há muito classificado como o maior investimento nacional nos Estados Unidos e que ganha entre 500 a mil novos clientes por ano.
Sentir-se em casa

Neste encontro, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, garantiu aos empresários norte-americanos que, caso optem por investir no setor agroalimentar em Portugal, se “vão sentir em casa”, lembrando-lhes nomeadamente que o Alqueva “é o maior lago artificial da Europa com grandes reservas de água”, podendo ali também encontrar “grandes extensões de terreno”.

O presidente da AICEP fez ainda questão de recordar aos potenciais investidores norte-americanos que Portugal não é só um mercado com 10 milhões de habitantes, mas uma “porta de entrada para o mercado europeu de mais de 500 milhões de consumidores”, dispondo de uma relação privilegiada de cooperação com os países de expressão portuguesa.