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António Costa quer Congresso do PS a definir estratégias e prioridades para o futuro do país

António Costa quer Congresso do PS a definir estratégias e prioridades para o futuro do país

O PS tem de definir uma posição de consenso, durante os trabalhos do Congresso do partido, sobre as “grandes prioridades e estratégicas” que pretende para o país na próxima década. O desafio foi colocado, em Portimão, por António Costa, na apresentação da sua moção de recandidatura ao cargo de Secretário-geral.

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António Costa quer Congresso do PS a definir estratégias e prioridades para o futuro do país

Para o líder socialista, o PS “só conseguirá ter um bom programa europeu e eleitoral nas legislativas”, se os seus militantes se entenderem e se puserem de acordo no próximo Congresso, definindo “as grandes prioridades que o país tem de enfrentar ao longo da próxima década”.

Segundo António Costa, que se deslocou a Portimão, na passada sexta-feira, para apresentar a sua moção de recandidatura ao cargo de Secretário-geral do PS, intitulada “Geração 20/30”, encontro que teve lugar no auditório do Museu local, o combate às alterações climáticas, às desigualdades, bem assim como a demografia e a sociedade digital, temas fortes da sua moção de estratégica, são “desafios fundamentais” que Portugal terá de enfrentar nos próximos dez anos, e para os quais, como referiu, importa que os militantes socialistas tenham uma opinião fundamentada e estrategicamente sustentada.

Detalhando mais pormenorizadamente os temas fortes da sua moção, o líder socialista lembrou que as alterações climáticas “são um dos desafios prioritários na agenda política”, referindo, designadamente, os casos relacionados com a “erosão na costa, os fenómenos de seca extrema e os riscos de desertificação”, para além da “enorme ameaça que paira sobre a floresta”, temas que justificam, em sua opinião, uma especial atenção para que o território “seja mais resiliente aos riscos”.

Quanto ao outro dos temas integrantes da sua moção de estratégica, António Costa colocou a demografia como sendo um dos pontos fundamentais para o equilíbrio da “própria existência” do país, tal como o conhecemos hoje, lembrando que, se entretanto nada de diferente for feito, Portugal passará em poucos anos dos atuais 10 milhões de habitantes para “apenas sete milhões de pessoas”.

Uma redução que não será apenas no número de habitantes, mas que se traduzirá ainda, e como agravante, como alertou António Costa, na desertificação do território, que “não será apenas do interior”, mas que se estenderá a todo o território nacional, com consequências negativas para a sustentabilidade do modelo social, criando dificuldades, nomeadamente, no Sistema Nacional de Saúde para se “adaptar ao envelhecimento que existe”.

Como uma das respostas para enfrentar este desafio da demografia, o líder socialista defendeu, entre outras medidas, o combate à precariedade laboral dos jovens que , segundo António Costa, constitui hoje “uma das grandes ameaças à esperança e confiança dos jovens no seu futuro”, problemática que tem de ser enfrentada e resolvida, para que a natalidade volte de novo a aumentar em Portugal.

O recandidato à liderança do PS referiu-se ainda à sociedade digital e às “desigualdades sociais”, duas das prioridades que fazem igualmente parte integrante do seu programa, apontando a “má utilização dos meios informáticos” como um aspeto fundamental a combater para “evitar a intromissão e perturbação do jogo democrático”, defendendo ser “intolerável” que à custa da revolução tecnológica se “permita que se destruam pessoas e famílias”.

Finalmente, no capitulo das desigualdades, o Secretário-geral socialista sustentou que é um “imperativo ético” combater as injustiças sociais, afirmando não se poder aceitar que numa sociedade digna, como aquela “que queremos continuar a construir em Portugal”, quem quer que seja “não tenha a mesma oportunidade que os seus vizinhos ou colegas para se poder realizar inteiramente de acordo com as suas capacidades e o seu próprio esforço”.