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António Costa defende vantagens da instalação de empresas no interior

António Costa defende vantagens da instalação de empresas no interior

Chegar aos 60 milhões de pessoas que constituem o mercado peninsular é uma vantagem real para os empresários que instalem as suas indústrias perto da fronteira com Espanha, apontou o primeiro-ministro, durante uma deslocação realizada no âmbito da “Agenda Mais Crescimento”.

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As pessoas estão a viver melhor

Ao visitar ao centro de produção de Mangualde da PSA Peugeot Citroen, que vai aumentar a produção para 50 mil automóveis por ano e fabricar um novo modelo em 2018, António Costa referiu a localização desta indústria, para afirmar que “não está situada naquela zona do país onde é habitual instalarem-se as fábricas mais modernas”.

“Esta localização demonstra que, hoje em dia, se queremos ter um país mais desenvolvido, não podemos olhar simplesmente para aquela estreita faixa do litoral”, disse, defendendo que “temos que ter a capacidade de aproveitar integralmente os recursos do território e toda esta zona de proximidade à fronteira”.

Segundo lembrou o governante, “só numa distância de 100 a 150 quilómetros entre as capitais dos distritos portugueses de fronteira e as províncias de fronteira em Espanha há mais seis milhões de habitantes”, dos quais 60% são população portuguesa

Insistiu, pois, em que não faz sentido olhar para o nosso mercado como um pequeno mercado de 10 milhões”.

“Faz sentido olhar pelo menos para um mercado de 60 milhões, que é o mercado da Península Ibérica”, disse António Costa, acrescentando que “a ligação ao interland ibérico é absolutamente fundamental”.

Investimento público a crescer em 2017

Na ocasião, o primeiro-ministro aproveitou igualmente para sublinhar que “o próximo Orçamento do Estado tem já condições para ter um aumento significativo de investimento público”, especificando que vai haver uma variação positiva na ordem dos 20%, sendo aplicada uma parte em escolas, uma parte em hospitais, mas também numa área essencial, que é a da ferrovia.

António Costa referiu ainda a importância de “fazer a ligação entre o interface marítimo dos portos de Sines, de Lisboa, de Aveiro, da Figueira, de Leixões e outros, com o interland da Península Ibérica”, nomeadamente através da ferrovia.

Considerou, aliás, este empreendimento como “estratégico”, também para que estas terras do interior possam ser efetivamente o grande interface entre a nossa fachada atlântica e o centro da Península”.

A terminar, lembrou que o Orçamento do Estado para 2017 contém duas medidas fiscais importantes nesta matéria: o incentivo às empresas que se fixem no interior e o novo regime de IVA alfandegário, “que dispensa as empresas de terem de pagar o IVA no ato de importação para depois o deduzirem no momento da exportação”.