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António Costa congratula-se com forte compromisso europeu sobre desafios migratórios

António Costa congratula-se com forte compromisso europeu sobre desafios migratórios

Os líderes europeus conseguiram finalmente, depois de sucessivos encontros falhados, chegar a um entendimento sobre o tema das migrações, elaborando um texto final com uma declaração “muito importante” sobre a dimensão externa das migrações, dando prioridade à “salvação das vidas” de todos aqueles que utilizam o mediterrâneo para chegar à Europa, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, no final da cimeira de Malta.

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António Costa congratula-se com forte compromisso europeu sobre desafios migratórios

Mostrando-se muito satisfeito com o resultado desta cimeira, que reuniu na ilha de Malta os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, para debater temas como a economia, segurança ou a gestão dos fluxos migratórios, António Costa lembrou no final da reunião que, “pela primeira vez” desde que participa nestes encontros do Conselho Europeu, os temas em debate “foram discutidos em tempo recorde” com uma declaração final “muito importante”.

Segundo o primeiro-ministro, a Europa, em vez de se “fechar sobre si própria ou de se esconder” atrás de muros, como outros pretendem fazer, decide construir pontes entre os países de origem e de trânsito dos migrantes, procurando focar-se naquelas que são as causas profundas dos movimentos migratórios, tentando assim encontrar as respostas para estabilizar a vida de todas aquelas pessoas que procuram maior proteção e estabilidade para as suas vidas.

Apoio aos países de origem

Uma das decisões mais importantes saídas desta cimeira de Malta, como assinalou ainda o primeiro-ministro, foi o “forte compromisso” de todos em reforçar o apoio financeiro aos países da África subsariana e mediterrânea, considerando António Costa ter sido este o “melhor sinal que vi ao longo deste pouco mais de um ano em matéria de migrações na Europa”.

O primeiro-ministro voltou a lembrar que já na cimeira de Lisboa o Governo português tinha defendido a necessidade de resolver o problema da migração desregulada e “explorada por redes criminosas”, através do apoio ao crescimento económico do continente africano, mostrando satisfação que a cimeira de Malta tenha subscrito e apoiado a tese defendida por Portugal.

Como medidas imediatas, o primeiro-ministro português anunciou que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia se comprometeram a agir para reduzir “significativamente” o fluxo migratório clandestino no mediterrâneo central, recordando ser esta agora a rota principal, depois de ter sido “travada a imigração clandestina no mediterrâneo oriental”, através do acordo com a Turquia, anunciando que a Europa quer agora reforçar a cooperação com a Líbia, o que implica, como sublinhou, apoiar os esforços para estabilizar o país que “viveu um período de desorganização do Estado” após o conflito interno que se iniciou em 2014, canalizando um primeiro pacote de 200 milhões de euros em 2017 de ajuda adicional para os países do norte de África, sendo dada prioridade, como referiu, a projetos na Líbia.