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António Costa celebra poder da democracia com casa aberta

António Costa celebra poder da democracia com casa aberta

A abertura ao público da residência oficial do primeiro-ministro simboliza a forma como o poder político deve exercer-se em democracia, afirmou António Costa, ao celebrar o Dia da Liberdade.

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António Costa celebra poder da democracia com casa aberta

Na ocasião, perante largas centenas de visitantes que apreciavam os jardins de São Bento, o governante socialista destacou as preocupações do Executivo com a cultura e regiões do interior.
Numa tarde de calor, António Costa apareceu nos festejos das comemorações da revolução de 25 de Abril com um cravo vermelho na lapela, sendo incentivado por alguns populares para entrar na chaimite Bula.
“Os governantes que entraram ali acabaram mal”, explicou, provocando risos à sua volta.
Perante os jornalistas, o líder do Executivo descreveu as iniciativas (e os objetivos a elas inerentes) que iriam desenrolar-se nos jardins da sua residência oficial.
“Temos aqui hoje muita coisa, desde música aos produtos regionais, teatro, artes circenses e uma mostra sobre o nosso património imaterial”, disse, acrescentando que “houve a intenção de manifestar a nossa preocupação com as regiões do interior, disponibilizando espaços para a valorização dos seus produtos locais”.
O líder do Executivo falou igualmente sobre a importância que as comemorações do 25 de Abril nos jardins de São Bento dão este ano, novamente, ao património cultural de Portugal, “desde o fado, o cante alentejano, os chocalhos, até aos bonecos de Estremoz”.
“É uma forma de se festejar o 25 de Abril com esta casa aberta, porque é assim o poder em democracia”, enfatizou.

Trabalhar para eternizar a liberdade
Nas palavras que dirigiu aos visitantes, António Costa referiu que, embora Portugal tenha já 44 anos de liberdade pós-25 de Abril, “importa continuar a trabalhar para que essa liberdade seja eterna”.
“Como disse o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, este ano celebramos pela primeira vez o facto de a Constituição de 1976 já ter vigorado mais tempo do que a antiga Constituição de 1933 do Estado Novo”, disse Costa, considerando ser este “um bom sinal sobre a vitalidade da democracia”, mas, insistiu: “Temos de continuar a trabalhar para que este nosso regime esteja cada vez mais forte”.
Quanto aos fenómenos do populismo, António Costa admitiu que também a democracia corre riscos de adoecer, defendendo, porém, que Portugal “tem encontrado bons antídotos”.
Neste ponto, voltou a defender a importância de existirem sempre alternativas políticas em democracia, assim como o caráter fundamental de as promessas serem cumpridas.
Segundo António Costa, “é importante que os cidadãos saibam que, quando estiverem cansados de uma solução política, têm outra alternativa para escolher”.
“Mas também é importante que as pessoas sintam que o poder político as respeita e que os compromissos assumidos são respeitados”, referiu, sublinhando que a ideia de respeitar compromissos é “essencial para dar força à democracia e confiança aos cidadãos”
“E a confiança é o melhor antídoto contra os populismos”, concluiu o primeiro-ministro.