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António Costa apresenta uma nova visão do território

António Costa apresenta uma nova visão do território

Uma loja do cidadão em cada Concelho e um programa nacional de reabilitação urbana foram dois dos compromissos para uma nova visão do território avançados pelo Secretário-geral do PS, António Costa.

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António Costa apresenta uma nova visão do território

Numa intervenção no final do encontro nacional, subordinado ao tema “Valorizar o território – descentralizar e aproximar”, que decorreu no dia 28 de fevereiro, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, o líder do PS acusou o Governo de Passos e Portas de abandonar as populações, em especial as do interior e falou das propostas do PS centradas na valorização do território e dos recursos naturais.

“O Governo encerrou serviços e abandonou as populações. Isso aconteceu na justiça, como aconteceu na educação e como aconteceu na saúde” acusou António Costa.

Depois de defender que “o que temos de fazer é ter melhor atendimento com menos custos”, o Secretário-geral do PS asseverou que deste encontro resulta o compromisso eleitoral de criar uma loja do cidadão em cada concelho, no âmbito do compromisso socialista em promover serviços públicos de qualidade mais perto dos cidadãos.

“Outro compromisso que afirmo é que todos os julgamentos que dizem respeito à população de um dado Concelho sejam realizados nesse mesmo Concelho”, acrescentou.

No seu discurso, interrompido várias vezes pelos aplausos da plateia, António Costa elencou algumas das muitas propostas resultantes do encontro e que constarão do programa eleitoral do PS: a criação de uma Unidade de Missão de Valorização do Interior a funcionar junto do Gabinete do Primeiro-Ministro; a democratização das CCDR com a eleição dos seus órgãos executivos pelos autarcas; a legitimação popular das Áreas Metropolitanas; uma maior participação das autarquias na despesa pública em convergência com a média da União Europeia e um Programa de Reabilitação Urbana financiado por uma mobilização parcial do Fundo da Segurança Social e orientado para a eficiência energética e para um programa de habitação a rendas acessíveis à classe média.

Por outro lado, o Secretário-geral do PS falou da sua experiência como autarca, que considerou uma mais-valia.

“Ser autarca fará de mim melhor governante do que fui antes de ser autarca”, disse, adiantando que “ser autarca é ser escrutinado todos os dias na rua pelos cidadãos e não apenas de quatro em quatro anos.”

Realçando que não receia, antes pelo contrário, comparações da sua ação executiva como autarca e a do Governo, António Costa afirmou: “Eu reduzi a dívida que herdei em 40% e o Governo aumentou a dívida em 18%”.

Bloco Central? Não, obrigado!

Questionado pelos jornalistas à chegada ao encontro de Santarém sobre a entrevista ao “Expresso”, na qual Passos Coelho não põe de lado a ideia de um Bloco Central, o Secretário-geral do PS rejeitou liminarmente tal cenário. “O país não está à espera nem precisa de um Bloco Central. O país precisa de uma mudança e essa mudança é a alternativa a construir pelo PS”.