home

António Costa apela a aprovação rápida das medidas de relançamento da economia europeia

António Costa apela a aprovação rápida das medidas de relançamento da economia europeia

O primeiro-ministro renovou esta manhã em Bruxelas o desejo de que se chegue rapidamente a um acordo em torno da proposta de relançamento da economia europeia, classificando a proposta apresentado pelo presidente do Conselho Europeu como “excelente” e “muito equilibrada”.

Notícia publicada por:

António Costa apela a aprovação rápida das medidas de relançamento da economia europeia

Falando esta manhã em Bruxelas, onde se encontra para participar na reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro voltou a repetir que a União Europeia tem entre mãos “uma excelente” proposta para o efetivo relançamento da economia europeia pós crise da Covid-19, elogiando o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pelo “excelente trabalho” que fez ao ter conseguido acomodar as “diferentes críticas dos diferentes Estados-membros”.

Para António Costa, que falava à chegada à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, na primeira cimeira presencial de líderes desde o início da pandemia, cabe agora aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia assumir nestes dois dias de reunião, sexta e sábado, as suas responsabilidades na gestão deste importante e decisivo dossiê para o futuro imediato da Europa, evitando “adiamentos inúteis” de decisões que têm de ser tomadas urgentemente, por forma a que os Estados-membros disponham dos necessários instrumentos para responder “àquilo que é urgente resolver” para a economia, para o emprego e para o conjunto da “recuperação económica da Europa”.

Depois de garantir que Portugal está “pronto a aceitar a proposta que atualmente está sobre a mesa”, avançada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que António Costa considera “muito equilibrada” por conseguir acrescentar conteúdos que “já tinham sido propostos pela Comissão Europeia a novas soluções que vão ao encontro das resistências que uns e outros tinham apresentado”, manifestou o desejo de que, durante estes dois dias de reunião, os líderes europeus cheguem finalmente ao “necessário consenso” para que a proposta possa ser aprovada.

Em relação a Portugal, o primeiro-ministro lembrou que as duas questões que ainda estavam em aberto, a eventual redução das verbas do segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC) e os problemas que se colocaram no cofinanciamento para as regiões autónomas, “estão já resolvidas”, pelo que Portugal “está em condições de entrar no Conselho Europeu e aprovar a proposta do Presidente Charles Michel”.

A este propósito, o primeiro-ministro quis também deixar claro que no envelope destinado a Portugal havia inicialmente uma divergência quanto à componente do desenvolvimento rural e um problema específico com a taxa de financiamento das regiões autónomas, obstáculos que acabaram, segundo António Costa, “por ser ultrapassados” depois dos contactos mantidos durante a tarde de ontem com o presidente Charles Michel.

Oferta de máscaras portuguesas aos homólogos europeus

Antes do início da cimeira, António Costa, que hoje celebra o seu 59º aniversário – no mesmo dia de aniversário da chanceler alemã, Angela Merkel – , ofereceu aos líderes da União Europeia máscaras de proteção contra o coronavírus confecionadas em Portugal.

Com vários padrões, incluindo galos de Barcelos, algumas das máscaras são personalizadas, tendo cada chefe de Estado ou de Governo recebido máscaras brancas com o seu nome inscrito e a respetiva bandeira nacional, semelhantes àquela que o primeiro-ministro português utiliza neste Conselho Europeu.

As máscaras são produzidas por seis empresas portuguesas e certificadas pelo centro tecnológico Citeve, dispostas em pequenas gavetas em caixas de cortiça, também elas de origem nacional.

Os líderes dos 27 vão tentar nesta reunião de sexta-feira e de amanhã, sábado, em Bruxelas, chegar a um compromisso em torno do Orçamento da União Europeia para 2021/2027 e do Fundo de Recuperação para ultrapassar a crise social e económica que atinge a Europa no pós pandemia, tendo por base a proposta apresentada por Charles Michel que contempla um quadro financeiro plurianual no montante global de 1,07 biliões de euros e de 750 mil milhões de euros para o Fundo de Recuperação, com 500 mil milhões de euros a serem desembolsados a fundo perdido.