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Anterior Governo tratou sistema bancário com ligeireza e leviandade

Anterior Governo tratou sistema bancário com ligeireza e leviandade

A deputada Gabriela Canavilhas alertou ontem, durante o debate quinzenal no Parlamento, que, para além da “atitude derrotista do PSD de cada vez que os indicadores demonstram aos portugueses e à Europa que as receitas de austeridade punitiva e de castração ideológica não eram, afinal, a única via para a recuperação da crise”, surge agora uma “nova frente no jogo político, mas desta vez entre os partidos da direita”.

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O DESBOCADO

A “briga de comadres” permitiu, segundo explicou a parlamentar, “levantar a ponta do lençol que até agora escondia o modo como foi decidido o destino do sistema financeiro português no tempo do anterior Governo”. Foram assim descobertas “a ligeireza, a leviandade e a total desresponsabilização com que, ao mais alto nível, foram tomadas as decisões que envolveram o sistema bancário”, lamentou. Gabriela Canavilhas criticou a declaração da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, “sobre a ignorância do Conselho de Ministros relativamente ao descalabro da banca nesse período”, considerando-a “gravíssima”.

Neste panorama da oposição, “um desconcerto que roça por vezes a irracionalidade”, surge, também, a declaração de Pedro Passos Coelho sobre “estórias da carochinha”, lembrou. A parlamentar socialista considerou que “chamar estórias da carochinha ao esforço para reabilitar a economia e reforçar setores chave no país não parece sério” nem “convence ninguém”.

Gabriela Canavilhas sublinhou que “a estabilidade política, tal como o clima económico e social, marcam o período que passámos a viver”, frisando que daqui a um mês estará concluída a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que, incompreensivelmente, “não contou com o apoio da direita” na Assembleia da República.

A deputada do PS congratulou-se também com o anúncio do Executivo de que todos os concelhos terão um balcão da CGD: “O Partido Socialista defende absolutamente esta possibilidade de podermos contar em cada concelho com a presença de um balcão de proximidade”, uma vez que a “proximidade é a chave para uma verdadeira democracia”.