home

Ana Catarina Mendes avisa que tempos atuais “não estão para aventureirismos”

Ana Catarina Mendes avisa que tempos atuais “não estão para aventureirismos”

A presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, alertou ontem que aqueles que acreditam na liberdade e na igualdade de oportunidades “têm o dever de demonstrar na Assembleia da República o respeito pela instituição”, bem como “combater com toda a energia o populismo, o discurso do medo e o extremismo”.

Notícia publicada por:

Ana Catarina Mendes avisa que tempos atuais “não estão para aventureirismos”

“Não silenciemos o populismo ou o extremismo, ou as atrocidades que se vão ouvindo por aí por alguns partidos, designadamente contra as mulheres. O PS não se pode calar, não deve calar-se”, defendeu a líder parlamentar socialista no discurso que encerrou a jornada de trabalho do Grupo Parlamentar do PS, que decorreu ao logo do dia de ontem no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Ana Catarina Mendes, que garantiu que os tempos atuais “não estão para brincadeiras ou para aventureirismos”, deixou uma pergunta aos partidos à esquerda do PS: “Qual é o posicionamento num momento em que optamos por mudanças que vão alterar a vida das pessoas, num momento em que queremos continuar a valorizar os salários dos trabalhadores, com mais medidas de justiça social e mais proteção social e em que queremos dar mais um impulso ao investimento público?”.

“Este é o momento em que todos somos convocados para uma emergência de uma crise que não provocámos pela nossa ação governativa, mas que foi provocada por um inimigo invisível. Importa saber de que lado estarão os parceiros à esquerda. Esperemos que estejam com o caminho que trilhámos nos últimos cinco anos”, referiu a dirigente socialista, num discurso em que assumiu o compromisso de “tirar do papel” o estatuto do cuidador informal.

Já esta manhã, antes do início dos trabalhos, Ana Catarina Mendes tinha referido que as duas principais prioridades da bancada do PS no início da presente sessão legislativa são a regulamentação do teletrabalho e a aprovação de uma lei de bases do clima.

“Se há coisa que esta pandemia demonstrou é que o teletrabalho é uma realidade bem presente, mas que não pode ser regulamentado esquecendo fortes componentes de diálogo social e de negociação coletiva”, disse.

Já o tema da transição climática “veste o corpo de uma lei de bases do clima que já foi preparada na anterior sessão legislativa e que ganha atualidade neste momento”.

Ordens profissionais não podem ser “sindicato disfarçado”

A líder parlamentar do PS também deixou um aviso às ordens profissionais: “O Grupo Parlamentar do PS não quer uma luta ou uma batalha contra as ordens profissionais, mas entende que uma ordem profissional tem de regular a sua profissão. Não pode ser um sindicato disfarçado, nem tão pouco pode ser uma arma de arremesso política contra qualquer Governo, seja ele qual for”.

Ana Catarina Mendes, que frisou que o papel das ordens é regular o acesso à profissão, questionou quais os motivos “para algumas ordens profissionais insistirem em colocar barreiras no acesso à profissão” e “para insistirem em não reconhecer um profissional que se licenciou no estrangeiro”.

“Não estamos contra as ordens. Estamos contra o excesso de barreiras que existem para o acesso livre às profissões em Portugal”, asseverou a presidente do Grupo Parlamentar do PS.