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Alternativa do PS vai permitir virar página da austeridade

Alternativa do PS vai permitir virar página da austeridade

Certo de que vai “herdar uma situação muito difícil, uma dívida muito pesada”, António Costa garante que, tal como aconteceu na autarquia de Lisboa, saberá “resolver a situação das finanças públicas sem sacrificar os direitos dos portugueses e a economia” e critica o discurso do Presidente da República na cerimónia oficial do 10 de junho, acusando Cavaco Silva de ser mais “o eco do Governo” do que o “porta-voz” dos portugueses.

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Alternativa do PS vai permitir virar página da austeridade

Em declarações aos jornalistas à entrada para a receção da cerimónia que assinalou o 10 de Junho no Luxemburgo, o Secretário-geral disse que “o Presidente da República, pela cobertura que tem dado a este Governo, tem contribuído para o desânimo e para a descrença”, pelo que, argumentou, a alternativa socialista “vai contribuir para virar a página”.

“O senhor Presidente da República pode estar tranquilo porque, conforme nos vamos aproximando das eleições, o desânimo e pessimismo vão dando lugar à confiança que os portugueses têm de que há uma alternativa que lhes vai permitir virar a página da austeridade, relançar a economia e criar emprego”, afirmou.

Apesar das críticas a Cavaco Silva, o líder do PS considerou positiva a homenagem póstuma ao antigo ministro da Ciência Mariano Gago e disse que o Presidente da República “fez uma análise justa ao esforço do professor Teixeira dos Santos da gestão que fez das finanças públicas num momento tão crítico da economia mundial”.

Prioridade ao ensino do português no estrangeiro

Aos portugueses emigrados no Luxemburgo, António Costa disse que gostava de “festejar sempre o 10 de Junho junto das comunidades portuguesas como primeiro-ministro”.

Incentivou também os emigrantes a exercerem os seus direitos políticos e a participarem nas eleições, “tanto nos países de residência, como em Portugal”.

Elogiando ainda o “contributo extraordinário das comunidades portuguesas” para a economia do país, a valorização da língua e a promoção da “imagem do país no estrangeiro”, defendeu que Portugal “tem de ter uma legislação que tenha em conta não só os 10 milhões de portugueses que vivem em Portugal, como os restantes cinco milhões”.

E sustentou que Portugal tem “um ativo enorme, que é a língua”, falada “não só pelos cinco milhões de portugueses na diáspora, mas por 300 milhões em todo o mundo”, pelo que o Governo tem de “ter como prioridade o ensino do Português no estrangeiro”, sustentou.

António Costa disse ainda que a crise e as políticas do atual Governo provocaram um “novo ciclo de emigração”, lamentando “a angústia de muitas famílias que emigraram nos anos 60, e que com grande esforço conseguiram que os seus filhos fossem estudar para Portugal” na esperança de poderem regressar ao país depois da reforma, e que agora vêm esse projeto posto em causa.