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Aliança à esquerda tem respeitado a identidade de cada um

Aliança à esquerda tem respeitado a identidade de cada um

O caminho faz-se caminhando ou, se se quiser, na versão ontem defendida na TVI pelo primeiro-ministro, o “futuro constrói-se a cada momento”. Apesar de se ter mostrado confiante quanto à manutenção do acordo que o Governo alcançou com bloquistas, comunistas e verdes, António Costa não tem dúvidas de que o grau de compromisso alcançado para a presente legislatura deu “para sermos amigos, mas não dá para casar”.

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Aliança à esquerda tem respeitado a identidade de cada um

Reconhecendo que o grau de divergência que existe entre todos os partidos que têm apoiado a atual solução de Governo sobre matérias essenciais é conhecido, o que cria um cenário onde só muito dificilmente será possível “minorá-lo o suficiente para podermos ter um grau de compromisso mais avançado”, António Costa não descarta, contudo, que as circunstâncias não possam evoluir.

Para António Costa, a atual solução governativa tem-se mantido num registo de assinalável estabilidade porque, por um lado, como salientou, tanto o PS como BE, PCP e PEV “conhecem bem a sua identidade”, mas também porque “nunca deixaram de respeitar a identidades dos outros”.

Consenso entre Governo e Presidente
Quanto a um eventual apoio do PS à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à presidência da República em 2021, António Costa considerou o tema “prematuro”, lembrando que as pessoas podem ter boas relações pessoais e profissionais, podem até trabalhar juntas e “não votarem uma na outra”.

O primeiro-ministro referiu-se ainda ao processo de substituição da Procuradora-Geral da República, lembrando que houve um “absoluto consenso” entre o Governo e o Presidente da República, o que contrasta claramente, como referiu, com o que “tinha acontecido no passado”.

“A visão que nós temos e que a própria doutora Joana Marques Vidal tem – e que já o expressou publicamente – é que a existência de um mandato longo e único é uma garantia fundamental para reforçar a autonomia do Ministério Público”, apontou.

Já em relação a uma eventual continuidade do atual ministro das Finanças num futuro Governo do PS, ou se o seu nome vai ser ou não proposto por Portugal para comissário europeu, António Costa lembrou que o momento é de “fecho do Orçamento do Estado de 2019” e que Mário Centeno é o presidente do Eurogrupo, sendo que a escolha dos comissários europeus “tem muito a ver com a pasta que é confiada a cada um dos comissários”.

Uma coisa é certa, como referiu: Mário Centeno “já provou ter perfil para exercer as mais diversas funções”.