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A sociedade digital passa pela construção da cidadania digital

A sociedade digital passa pela construção da cidadania digital

“Construir a sociedade digital que queremos é também construir uma verdadeira cidadania digital, na qual os cidadãos não são condicionados por desinformação ou por comportamentos abusivos”, afirmou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência anual de Cibersegurança, C-Days, sob o tema ‘Abraçar o Futuro’.

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A sociedade digital passa pela construção da cidadania digital

Durante o encontro que decorreu esta segunda-feira, em Cascais, a ministra referiu que, na sociedade digital do futuro, “os cidadãos utilizam a tecnologia, não apenas para entretenimento, mas para resolver problemas práticos do dia a dia, interagindo com os serviços públicos com maior conforto, rapidez e eficiência”.

Para isso, é fundamental o papel “das entidades públicas e das organizações da sociedade civil na sensibilização para o uso seguro do ciberespaço por parte dos cidadãos”, apontando como exemplo a ação do Centro Nacional de Cibersegurança “na disponibilização permanente e atualizada de formação presencial e online sobre cibersegurança, nomeadamente através dos cursos ‘Cidadão Ciberinformado’ e ‘Cidadão Ciberseguro’, que, este ano, permitiram chegar a cerca de 30.000 pessoas, em parceria com dezenas de entidades públicas e privadas” sublinhou a governante.

A ministra salientou a importância da cibersegurança e alertou para os “conteúdos intimidatórios e lesivos” e a “contra informação falsa ou especulativa”, afirmando ainda que “o ciberespaço não pode ser uma área da vivência humana isenta de responsabilidade, onde a desinformação e o ódio se difundem inconsequentemente”.

Mas, para Mariana Vieira da Silva, “mais do que a segurança de coisas, a cibersegurança é também a defesa de valores fundamentais e uma condição essencial à preservação de uma sociedade de pessoas livres”, sublinhou.

Cibersegurança na Europa

Mariana Vieira da Silva salientou a importância de combater a insegurança digital e identificar os riscos do ciberespaço, nomeadamente no quadro europeu, onde, segundo a ministra, existe “instrumento comum de identificação dos principais riscos de segurança na implementação das novas redes 5G”, criado pela Comissão Europeia, salientando ainda a proposta de criação “de um Centro Europeu de Competências em Cibersegurança e de uma rede europeia de centros de competências nacionais”.

Em termos de combate à insegurança digital no espaço europeu, haverá “um desenvolvimento significativo na Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, durante o 1.º semestre de 2021”, revelou a ministra da Presidência.

Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço 2019-2023

Durante a sua intervenção, a ministra destacou, também, a Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço 2019-2023, que, segundo a governante, “viu o seu Plano de Ação reforçado com os contributos de mais organismos da administração pública, e a Estratégia para a Inovação e Modernização do Estado e da Administração Pública, aprovada em julho deste ano”.

Apontando alguns exemplos da aposta do Governo nesta estratégia, a dirigente socialista referiu “que 80% dos organismos da administração pública com competências na área das tecnologias da informação e comunicação venham a ter certificação de conformidade com o Quadro Nacional de Referência em Cibersegurança desenvolvido pelo CNCS”.