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A direita fala de números e o PS de pessoas

A direita fala de números e o PS de pessoas

O maior anseio que os portugueses têm hoje é o de “se verem livres deste Governo e destas políticas”. Numa grande entrevista à revista “Visão”, António Costa manifesta confiança nos portuguesas e na avaliação que fazem das personalidades dos candidatos a primeiro-ministro. O que “mais ouço nas ruas”, garante o líder socialista, são as pessoas a pedir-me "corra com eles”.

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Confiança

O Secretário-geral do PS assegura que quem vota PS “é mesmo para mudar de Governo e de políticas”, não fazendo por isso qualquer sentido “ficar dependente dos que querem a continuação das mesmas políticas”.

Garante que um Governo do PS reverterá algumas das medidas do atual Executivo de direita, dando o exemplo da taxa do IVA da restauração que será “recolocada a valores anteriores”. Já em relação à TAP, o líder socialista é mais prudente, pedindo tempo para ver em que “estado de consolidação contratual está o processo”.

A direita, diz ainda o líder socialista, esgotou de tal forma a sua imaginação nas críticas que faz ao PS que já nem é capaz de “atualizar o argumentário à luz da nova realidade”.

Já quanto às promessas eleitorais, o Secretário-geral do PS diz que a direita faz promessas, enquanto o PS fala em estabelecer compromissos. A terminologia aqui, sublinha, “é muito importante”.

Lembra a este propósito, que ao contrário da direita, o PS apresenta um programa com contas feitas, enquanto na coligação PAF “temos a repetição das promessas por cumprir de 2011”, e “um dado novo da maior gravidade”, o objetivo estratégico para os próximos quatro anos que é o de, após ter feito as privatizações, “atacar a fundo a privatização do Estado Social, a começar na Segurança Social”, mas com sinais também “para o sector da Saúde e da Educação”.

Defende a excelência dos novos protagonistas que integram as listas do PS, com destaque “para alguns dos mais proeminentes economistas”, como Mário Centeno, Manuel Caldeira Cabral ou Paulo Trigo Pereira, em pleno contrate com a “tragédia aparelhística da coligação de direita”.

Lembra que o Governo se comprometeu a eliminar a sobretaxa do IRS em quatro anos, enquanto o PS já anunciou que o fará em apenas dois anos. Quanto à continuação das políticas de austeridade, tão do agrado deste Governo, António Costa contrapõe o programa do PS que é de “rigor e de disciplina orçamental”.

Assegura que várias iniciativas e medidas políticas distanciam o PS da direita, a começar pelo modelo de desenvolvimento.

Enquanto a direita defende a continuação das políticas de austeridade, “uma página que queremos virar para relançar a economia” e de que um dos exemplos são os 600 milhões de euros de cortes nas pensões, medida com que a coligação de direita já se comprometeu com Bruxelas, para além do “empobrecimento e desmantelamento do Estado Social”, o PS, ao invés da direita, entende que Portugal só terá um futuro sustentável e competitivo se apostar na inovação.

E quando chegar a altura de os portugueses fazerem a sua escolha, António Costa diz não ter dúvidas de que “o PS ganhará as eleições e com votos suficientes para governar com maioria”.