home

2019 marca arranque para arrendamento a custos controlados

2019 marca arranque para arrendamento a custos controlados

O programa das primeiras habitações para arrendamento a custos controlados e os novos alojamentos para estudantes a custos acessíveis deverão arrancar já no próximo ano, garantiu o ministro do Ambiente e da Transição Energética, em Tomar.

Notícia publicada por:

Portugal vai destinar 1,6 mil milhões de euros para habitação

Falando numa cerimónia onde foram assinados vários contratos de adesão ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado com cinco municípios, três universidades, dois politécnicos e uma misericórdia, tendo em vista a criação de 11 subfundos para a recuperação de 49 imóveis, dos quais dois têm já aprovação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, João Pedro Matos Fernandes manifestou satisfação pela adesão das autarquias à iniciativa (Tomar, Abrantes, Santarém, Idanha-a-Nova e Gouveia), lembrando-lhes que estão a promover a oferta de habitações a custos controlados, a famílias que não sendo carenciadas “têm, contudo, dificuldades em encontrar habitação condigna a valores que consigam suportar”.

O governante fez questão de sublinhar também que dos 17 subfundos já protocolados, nove destinam-se a habitação, sete a residências para estudantes do ensino superior, sendo que um desses projetos, como adiantou, “tem as duas componentes”, ou seja, abrange a habitação a custos controlados e residência para estudantes, prevendo que a reabilitação dos 49 imóveis envolvidos nesta iniciativa, que vai disponibilizar 219 fogos e perto de mil camas para estudantes, terá um custo aproximado de 18 milhões de euros em obras.

Regular o mercado

O ministro lembrou ainda que o conjunto de edifícios a abranger a nível nacional poderá chegar, até 2021, “às sete mil camas e a mais de 1350 fogos”, sendo o objetivo, como adiantou, que Portugal passe dos atuais 2% de habitação pública, que é das “mais baixas percentagens da União Europeia”, para os 5%, dando assim um “contributo positivo e relevante” para a regularização do mercado de habitação.

Segundo o governante, a disponibilização de arrendamento acessível abaixo do preço de mercado é tão necessária para as cerca de 26 mil famílias carenciadas identificadas pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, como para as que não sendo carenciadas, e por isso “não têm direito à habitação social”, também não conseguem acompanhar economicamente os elevados preços que o mercado habitacional hoje exige.

É sobretudo para este extrato populacional, referiu Matos Fernandes que o programa de arrendamento acessível se destina, lembrando que esta iniciativa se estende também aos estudantes do ensino superior que “lutam igualmente com uma enorme de faltas de casas a preços acessíveis”.

Nesta cerimónia, para além dos cinco municípios, participaram também, assinando protocolos, as universidades de Coimbra, Évora e Algarve, os institutos politécnicos de Coimbra e Leiria, e a Santa Casa da Misericórdia de Tomar.