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2017 começa hoje

2017 começa hoje

A menos de um ano das próximas eleições autárquicas cresce a atenção em torno dos processos eleitorais que se avizinham. 2017 está já à porta e mais do que agendas regionais há quem se apresente a votos com preocupações acrescidas e agendas internas pouco claras.

Opinião de:

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A direita parte diminuída para estas eleições. Entre as disputas internas eminentes e a guerra surda entremuros clarifica-se que, mais do que o futuro da vida autárquica, à direita jogar-se-á a sobrevivência de dois partidos à deriva. 

O CDS, órfão de liderança, ambiciona agora a sua emancipação e aposta tudo na corrida à Câmara Municipal de Lisboa com a candidatura de Assunção Cristas. Por seu lado, o PSD, a contas com o seu passado recente, vai-se preparando para uma brutal luta fratricida de resultados ainda imprevisíveis. Negras são as previsões quanto aos critérios que presidirão à escolha de candidatos ao nível autárquico pelas forças políticas de direita. 

Em Coimbra o caminho não parece ser diferente. Após 3 anos sem projecto de oposição, parece não haver agora também candidato. Olhando para os nomes trazidos na espuma dos dias, questiona-se se quererão de facto as estruturas locais do PSD vencer as autárquicas que se avizinham. Entre paraquedistas e absolutos desconhecidos, parecem apenas sobrar segundas escolhas e soluções de recurso que apenas parecem contribuir para futuros embaraços da actual direcção nacional social-democrata. 

Sem projecto e sem rostos apenas um caminho restará a quem se apresentar a eleições contra o Partido Socialista. O caminho do bota-abaixismo e do aproveitamento político do infortúnio de todos. 

A caminho das eleições há quem dependa agora das inundações no distrito para fazer agenda política. Ainda que nada tenha feito quando no poder. Ainda que finalmente se tenha conseguido, com o Partido Socialista, o tão ambicionado desassoreamento do Rio Mondego.

A caminho de 2017 há quem dependa agora da crítica à obra feita – imagine-se – como não sendo bastante, como não sendo suficientemente boa. A teoria dos “achismos”, dos “mas” e dos “se”, elevada a discurso político.

Enquanto socialistas cumpre-nos, nestas eleições, pensar e fazer diferente. Cumpre-nos dar novo fôlego à defesa de novos programas e propostas que respondam à procura de uma vida digna para todos nas suas comunidades. 

A defesa do direito à qualidade de vida tem, pois, que estar na posição cimeira das nossas preocupações e das propostas a apresentar. Entre as mais elementares necessidades, sejam elas as baixas taxas de saneamento básico, o esbatimento das assimetrias sociais ou mesmo o combate às difíceis acessibilidades, existem hoje novos desafios à vida em comunidade que devem ser enfrentados de forma enérgica. Urge, para este quadriénio que se avizinha, a criação e dinamização de reais condições para um início de vida condigno para as famílias jovens que demasiadas vezes têm adiado os projectos comuns em consequência da precariedade e da disparidade entre os valores de mercado praticados ao nível da habitação e os salários recebidos. Devem os socialistas dar seguimento ao seu legado político na ciência e apostar nos avanços desenvolvidos no planeamento urbano e na dinamização de cidades inteligentes, fazendo uso dos avanços tecnológicos e colocando-os ao serviço dos cidadãos. 

Espera-nos um ano de intenso trabalho na renovação de compromissos do Partido Socialista para com as populações no trabalho diário de proximidade e na renovação do resultado autárquico histórico alcançado em 2013. E, esperamos todos nós, de renovação dos compromissos programáticos dos nossos projectos políticos em torno da defesa de novas linhas de acção de resposta para os novos desafios do poder local.

É por isso que o combate de 2017 é tão importante para nós, socialistas. Porque estão em confronto duas visões de país fundamentalmente distintas. E porque percebemos que esta batalha pelo Portugal de amanhã, pela defesa de um Estado Social de futuro, tem que ser travada agora, freguesia a freguesia, concelho a concelho.