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PS agenda debate parlamentar sobre sistema financeiro para dia 1 de julho

PS agenda debate parlamentar sobre sistema financeiro para dia 1 de julho

O Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista anunciou, após a conferência de líderes, a marcação de um debate sobre o sistema financeiro, o qual abordará o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Carlos César afirmou aos jornalistas que “nada queremos que fique no passado encoberto ou oculto, tudo queremos que seja conhecido. Mas uma coisa é certa: Não é uma comissão de inquérito que determina os atos que o Governo está a praticar no domínio da gestão corrente, caso do processo da CGD em termos negociais com a Comissão Europeia”.

O líder parlamentar manifestou que o Governo e o PS “estão empenhados num processo de recapitalização, de salvação da CGD. Nada nos fará demover desse propósito, porque a CGD é uma instituição nuclear do nosso sistema financeiro, é essencial para a estabilidade económica e para a credibilidade externa do país”.

“O desejo que PSD e CDS-PP manifestam sistematicamente de tentarem obstruir as negociações e a credibilidade dos interlocutores visa comprometer o estatuto que a Caixa hoje tem perante os portugueses e as instituições internacionais. Mas não deixaremos o PSD e CDS-PP destruírem a CGD”, argumentou.

Mesmo existindo gestão danosa ou atos indevidos na CGD, Carlos César considerou importante apurar por que razão os governos anteriores nada fizeram, nomeadamente nos últimos quatro anos. “Se houve gestão danosa isso é crime e se o Governo anterior tomou conhecimento de gestão então foi também cúmplice nesses atos de responsabilidade criminal”, reforçou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Sobre a decisão do Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, de enviar o pedido de inquérito parlamentar requerido por PSD e CDS-PP para o Conselho Consultivo da Procuradoria-geral da República, Carlos César manifestou concordância. “Os procedimentos do Parlamento, sede privilegiada do Estado de Direito, têm de obedecer ao estipulado, quer do ponto de vista regimental, quer do ponto de vista legal. Não existe sobre essa matéria qualquer dramatização a ser feita: se as propostas estiverem em conformidade do ponto de vista legal, terão o seu curso. Se não estiverem, ou os seus proponentes as reformulam, ou, simplesmente, desistem da iniciativa”, advogou.

Fonte: GPPS